Foi em São Paulo, para onde se mudou em meados dos anos 80, que Chico lançou uma frutuosa carreira musical. Em 1995, Chico César lançou-se em nome próprio com Aos Vivos, estreia que imediatamente recolheu aplausos da imprensa brasileira. Desde então lançou mais 8 trabalhos firmando uma discografia carregada de espírito de aventura. O Amor é um Acto revolucionário, álbum de 2019 foi o seu registo anterior. O músico que espantou o mundo com temas como Mama Africa continua a ser um dos mais criativos artistas do Brasil musical contemporâneo como Vestido de Amor comprova, um trabalho carregado de ideias frescas que prossegue uma visão musical singular que leva já mais de 3 décadas a vibrar. É obra!
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MISTY FEST | Lisa Gerrard e Jules Maxwell dos Dead Can Dance, estreiam em Portugal digressão BURN
Lisa Gerrard começou a trabalhar com Jules Maxwell em 2012 na tournée mundial dos Dead Can Dance Anastasis e as suas colaborações de escrita também foram apresentadas no trabalho de Le Mystère des Voix Bulgares e Joachim Witt. O álbum Burn foi produzido por James Chapman (que já foi nomeado para o prestigiado Mercury Prize) e lançado pela Atlantic Curve em Maio de 2021. Inclui sete composições emocionalmente ressonantes que cruzam drama, dinâmica, texturas eletrónicas exuberantes e ritmo num conjunto sumptuoso.
Lisa Gerrard é um nome incontornável no lado mais desafiante da música contemporânea, mas também alvo de devoção popular graças, por exemplo, à sua participação em obras como a banda sonora de Gladiator: a sua colaboração com Hans Zimmer valeu-lhe, aliás, um Globo de Ouro. Por seu lado, Jules Maxwell, que assegura os teclados em Dead Can Dance, tem vasto percurso musical, compondo regularmente para teatro, incluindo para a companhia Shakespeare Globe, em Londres.
“A voz de Gerrard é tão poderosa e sedutoramente etérea como sempre foi… Burn é tão essencial como qualquer outra coisa no cancioneiro único de Gerrard”, escreveu-se na theMusic.com.au
“Estamos ambos encantados por termos esta oportunidade de finalmente apresentar as peças de Burn ao vivo”, dizem Maxwell e Gerrard. “O nosso objetivo é usar estas atuações como um trampolim para explorar melhor as ideias musicais. Em vez de meramente replicar o álbum, o que nos excita é ver onde podemos levar a música num ambiente ao vivo”. Os espetáculos irão incorporar os sete espantosos filmes de David Daniels, Jacob Chelkowski e Michal Sosna que foram encomendados para acompanhar o álbum, e irão também incluir excertos dos álbuns ambientais a solo de Jules Maxwell Nocturnes e Cycles para abrir a noite.