Hauschka é um dos mais respeitados compositores contemporâneos. E igualmente um dos mais premiados: em 2023, ganhou um Óscar e um BAFTA na categoria de Melhor Banda Sonora Original por A Oeste Nada de Novo. A música para o filme Lion, que compôs em colaboração com Dustin O’Halloran, foi nomeada para vários prémios, incluindo o Óscar para Melhor Banda Sonora Original, o Globo de Ouro para Melhor Banda Sonora Original e Melhor Música de Cinema nos BAFTA.
O trabalho de Hauschka tem provado ser perfeito para acompanhar imagens. Ouvimos composições da sua autoria em vários filmes e séries de televisão importantes, incluindo a banda sonora para Patrick Melrose, a minissérie da Showtime nomeada para os Emmy e BAFTA, e para Gunpowder, minissérie da HBO protagonizada por Kit Harington, e ainda para o filme Ammonite, de 2020, trabalho assinado em parceria com O’Halloran, que esteve na lista final dos candidatos a nomeados para os Óscares na categoria de Melhor Banda Sonora Original.
Pianista inovador que no seu trabalho a solo dá pelo nome de Hauschka, Volker Bertelmann trabalhou com a Orquestra Sinfónica da Rádio MDR Leipzig, onde foi artista residente, e com a violinista Hilary Hahn, vencedora de um Grammy. Em 2018, aceitou um convite para integrar a Academia de Cinema, Artes e Ciências de que é membro ativo.
Para Hauschka, a essência do seu trabalho reside no facto de se desafiar constantemente a novas experiências musicais. O seu objeto de estudo é o piano de cauda, que aborda como um corpo acústico. No início da sua carreira a solo, especializou-se na preparação do instrumento com fita-cola, feltro e outros materiais. Transforma clubes e salas de concerto em laboratórios sónicos, onde o público pode experimentar a interação entre análise e intuição. Para os seus álbuns, aventurou-se repetidamente em novos arranjos experimentais – da eletrónica à abordagem purista da sua obra A Different Forest (2019). É a diversidade da nossa existência que ele torna audível nas suas canções, quer se trate de questões globais sobre o futuro no seu álbum What If (2017), ou da proliferação e decadência da vida urbana em Abandoned City (2014).
As suas apresentações ao vivo são momentos especiais, apreciados por público e crítica de todo o mundo. Plena de melodias evocativas e arranjos cheios de carácter que lhe conferem profunda originalidade, a sua música é, sem dúvida, um dos tesouros destes tempos.