Sérgio Godinho

Sérgio & os Assessores
No dia 4 de abril, pelas 21H00, Sérgio & Os Assessores sobem ao palco do Auditório Emílio Rui Vilar, na Culturgest, para celebrar uma carreira que se confunde com história do quotidiano português e que tem, numa canção composta em 1974, Liberdade, um dos seus hinos obrigatórios.

Meio século sobre a Revolução dos Cravos, Sérgio Godinho revisita o seu repertório exponenciando a palavra “Liberdade”, tal como Sophia imortalizou em “Esta é a madrugada que eu esperava”. Se esta canção, composta para o álbum “À Queima-Roupa”, é o elemento aglutinador do espetáculo, o percurso proposto ao público também passará em revista a discografia constituída por 20 álbuns em estúdio e 10 registos ao vivo, sem esquecer um olhar atento à “Liberdade” que outros anunciaram e que Sérgio Godinho se propõe a dar voz.

Um olhar renovado, com a cumplicidade de Os Assessores, que passará por temas que o tempo não fez esquecer.

“Liberdade25” – Actual! Fundamental!

Garanta já o seu bilhete, e de toda a sua família, e não perca a oportunidade de assistir, ao vivo, a este concerto tão especial.

Bilhetes: Os bilhetes, no valor de 35€, poderão ser adquiridos no site da Ticketline e na bilheteira da Culturgest.

Desconto: Bilhetes, no valor de 30€, para titulares de cartão Caixa, que o utilizem como meio de pagamento. Desconto de 10% para jovens até aos 30 anos e maiores de 65 anos.
Os descontos não são acumuláveis com outras promoções.

Ficha Artística:
Sérgio Godinho – voz
Os Assessores:
– Nuno Rafael (direção musical): guitarras elétricas e acústicas, cavaquinho, percussão, coros;
– Miguel Fevereiro: guitarras elétricas e acústicas, percussão, coros
– Nuno Espírito Santo: baixo, guitarra, teclado, percussão
– João Cardoso: teclados, samplers, coros
– Sérgio Nascimento: bateria, percussão

Duração aproximada: 90 minutos | M/6
Produção: Vachier & Associados, Lda

Não perca, a 18 de junho, mais um concerto imperdível do Ciclo Caixa na Culturgest: Jorge Palma e Júlio Resende. Bilhetes à venda, em breve. Esteja atento.

Breve biografia de Sérgio Godinho:
Cantor, compositor, escritor, ator (de teatro e cinema) Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”, contando com uma carreira artística de invejável longevidade, que se prolonga há cerca de 50 anos.

Iniciada com “Os Sobreviventes”, seria redutor destacar um título da sua vasta discografia de discos de estúdio e ao vivo. E ainda, para crianças, “Os Amigos do Gaspar”, a peça “Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles”, “A Caixa” ou “O Pequeno Livro dos Medos”, entre outros. Editou ainda o livro de poemas “O Sangue Por Um Fio”, o de crónicas “Caríssimas Quarenta Canções”, o livro de contos “Vidadupla” e os romances “Coração Mais Que Perfeito” e “Estocolmo”, constando ainda no seu currículo variadíssimas colaborações literárias e musicais. Quarenta das suas letras foram também “revistas” por outros tantos ilustradores no livro “Sérgio Godinho & As Quarenta Ilustrações”.

Em Janeiro de 2018 publicou “Nação Valente”, o seu 18º trabalho discográfico de estúdio, e, no final de 2020, “Ao Vivo No São Luiz”, registo efetuado em parceria com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. No final de 2021, juntou a poesia à fotografia em “Palavras são imagens são palavras”, publicado pela Quetzal. Recentemente, uma versão revista e atualizada do seu songbook chegou aos escaparates com o título de “75 Canções”, reunindo partituras, letras e cifras.

No início de 2024, publicou o seu terceiro romance “Vida e morte nas cidades geminadas”, afirmando o seu percurso na escrita ficcional. E, também 2024, associou-se à passagem de 50 anos sobre a revolução dos cravos e concebeu o espetáculo “LIBERDADE25”, uma viagem musical pelo seu acervo único de canções que se confunde com a banda sonora do quotidiano português das últimas cinco décadas.

LINA_ & Marco Mezquida

LINA_ e Marco Mezquida estão felizes e entusiasmados por anunciar o lançamento de O Fado, a sua aventura musical, o resultado de um diálogo intenso, criativo e apaixonado. Numa colaboração entre a UGURU e Julio Quintas – Management & booking, o EP será distribuído de forma digital, mundialmente, pela Galileo Music.

LINA_ & Marco Mezquida entregam um EP cujo título não deixa margem para dúvidas, mas que oferece um novo e distinto enquadramento para esta música que é património imaterial do universo.

“O Marco”, explica-nos LINA_, “trouxe uma grande leveza à minha música. O piano é um instrumento muito completo, com o qual sempre tive um contacto muito próximo, mas com o Marco há algo diferente. É como se o piano fosse uma extensão do corpo dele. E a forma como ele o aborda faz-me flutuar.” A voz de LINA_, que tem sido alvo de muitos elogios na imprensa nacional e internacional, é de facto um instrumento rico por si só, que ganha com estes diálogos próximos com outros instrumentos de personalidades vincadas. E que, como bem sabe quem já a viu e ouviu em palco, gosta de voar.

O encontro entre LINA_ e o pianista espanhol Marco Mezquida foi natural, resultado de uma profunda admiração mútua. Ambos os artistas entendem que estes encontros dão origem a algo que supera a soma das partes, algo que, em modo solitário, nenhum seria capaz de alcançar.

A paixão que Mezquida admite sentir pela voz de LINA_ é retribuída pela fadista, que não poupa elogios ao lirismo que o seu companheiro expõe de forma tão clara nesta nova aventura.

O Fado é um EP em que LINA_ mostra também os seus dotes de compositora: no tema que dá título ao disco, baseado num poema de Florbela Espanca que a própria fadista musicou, percebe-se a devoção que LINA_ tem ao género que a consagrou, mas também se vê que a sua imaginação consegue ir longe, não se deixando prender por dogmas.
Neste trabalho discográfico, os artistas apresentam uma nova abordagem aos clássicos “Fado da Defesa” (que Maria Teresa de Noronha gravou sem utilizar o poema integral de António Calém, que aqui ganhou um novo espaço) e “Gota d’Água” de Flávio Gil. LINA_ aborda o universo da língua castelhana em “El Rosario de Mi Madre”, tema eternizado por Maria Dolores Pradera, lendária cantora espanhola, e no qual LINA_ adivinhou ligações ao fado, talvez porque a melancolia poética expressa no tema é, afinal, universal.
“É um repertório muito orgânico e fluido”, sugere Marco Mezquida, em sintonia com a própria LINA_, que garante que o lugar que se constrói neste novo disco é exatamente aquele em que a sua voz quer habitar neste momento.

O Fado é um projeto que levará LINA_ e Marco Mezquida ao encontro do público internacional em 2025, numa digressão conjunta que os fãs de ambos os artistas aguardam com natural expectativa.

O EP foi lançado a 14 de março e é distribuído de forma digital, mundialmente, pela Galileo Music. Esta é uma colaboração entre a UGURU e Julio Quintas – Management & booking.

Justin Adams & Mauro Durante

Depois de uma primeira colaboração empolgante que culminou no lançamento do premiado Still Moving em 2021 e de três anos de digressões por todo o mundo, Justin Adams e Mauro Durante trazem o seu som único e sem precedentes de volta à cena musical. A digressão já em curso é uma oportunidade para apresentar Sweet Release (Ponderosa Music Records) – o seu último disco – ao vivo. Sweet Release é o segundo capítulo de uma viagem musical que transformou o encontro entre estas duas grandes personalidades numa fusão nova e sem precedentes. A faixa-título que abre o álbum é um manifesto sincero da poética do projeto e caracteriza-se pelo toque inconfundível de Adams na guitarra e pela técnica magistral de Durante no tambor. Graças a um nível de interação quase telepático, os dois músicos gravaram o álbum ao vivo, permitindo-se momentos mágicos de pura improvisação. Com uma paleta que vai da Taranta ao rockabilly, do êxtase sufi ao minimalismo, o percussionista, violinista e cantor de Salento e o guitarrista, produtor, compositor e colaborador de longa data de Robert Plant exploram temas de cura e catarse musical. Convidados neste disco são a cantora marroquina Yousra Mansour de Bab L’Bluz, a apuliana Alessia Tondo, voz e companheira de Durante no Canzoniere Grecanico Salentino, e Felice Rosser, lenda do underground do histórico clube nova-iorquino CBGB. Aos nove temas originais junta-se “Qui non vorrei morire”: originalmente musicado e gravado por Daniele Durante, é um poema do grande poeta salentino Vittorio Bodini. A canção é uma homenagem de Mauro ao seu falecido pai, uma das luzes mais brilhantes da história do renascimento da música popular apuliana.

Justin Adams
Justin Adams é um guitarrista e produtor cujo som distinto tem a marca da sua vida itinerante: uma infância no Médio Oriente despertou nele uma paixão permanente pelos sons do mundo islâmico, enquanto a sua adolescência no Reino Unido incutiu uma devoção à energia crua do punk e aos sons de transe do dub. Nos últimos anos, produziu álbuns aclamados, como os da fadista portuguesa Lina e da cantora franco-argelina Souad Massi, enquanto as suas colaborações passadas, como a sua bem-sucedida associação de vários anos com Robert Plant, lenda dos Led Zeppelin, Tinariwen, Rachid Taha, Sinead O’Connor e o músico da África Ocidental Juldeh Camara, se caracterizaram pela intensidade emocional e por uma abordagem “sem fronteiras”.

Mauro Durante
Violinista, percussionista e compositor, Mauro Durante é um herdeiro visionário da tradição musical do Salento. Dirige o internacionalmente aclamado e premiado Canzoniere Grecanico Salentino (fundado em 1975 pela sua família), que actua em todos os principais festivais de música do mundo. Durante é considerado uma figura chave na reinvenção da pizzica para os dias de hoje, e no facto de ter feito da Taranta a forma mais relevante da world music italiana no mundo. Mauro Durante percorreu o mundo durante muitos anos com Ludovico Einaudi e colaborou com Piers Faccini, Ibrahim Maalouf, Ballake Sissoko, Jovanotti, Stewart Copeland, Sam Lee, Enzo Avitabile, Nickodemus, Red Baraat, combinando um toque contemporâneo com o seu profundo amor pela tradição.

 

Sofia Leão

Sofia Leão descobre-se agora, a si mesma e ao mundo, com Mar. Sofia Leão tem 18 anos e contava apenas 13 quando gravou pela primeira vez com o seu pai, Rodrigo Leão. Participou em “Bailarina”, tema do álbum O Método em que se escutava também o Coro da Associação Musical dos Amigos das Crianças. Foi nessa instituição, a AMAC, que estudou piano clássico com a professora Sara Fernandes, tendo aí concluído o 8º grau desse instrumento. Esses estudos e o piano são algumas das ferramentas de que agora se socorreu neste Mar, mas não as únicas. 

 O processo de descoberta musical de Sofia começou há mais tempo, aos 10 anos, quando começou a usar o seu computador para registar as suas primeiras ideias. Mas, explica-nos a própria Sofia, só mais recentemente, aos 15 anos, é que essas primeiras ideias começaram a ganhar “pés e cabeça”. “Graças à preciosa ajuda de amigos de longa data que me acompanharam desde sempre, consegui reunir um cantinho no meu quarto com os materiais necessários para começar a explorar as ideias que soavam em mim. Apaixonei-me pela magia que as vozes, juntas, têm. É uma espécie de puzzle vocal feito por tentativa e erro, resultando em atmosferas, por vezes, improváveis”, explica. 

 O passo seguinte foi levar o que começou por criar em modo solitário no seu quarto para o estúdio. Com a ajuda de João Eleutério, músico, produtor “e também amigo” que partilha um estúdio com Rodrigo Leão, Sofia deu outro corpo a essas ideias a partir de finais de 2023. Esse trabalho revela-se agora. Como a própria Sofia. No tema “Não Me Conheço” Sofia coloca perguntas que são universais – “Onde é que o mar acaba? Onde é que o céu começa?” -, mas que ganham outra ressonância com a sua voz tranquila, quase sussurrada, 

Nas canções que nos mostra agora, feitas de melodias transparentes e simples desenhadas ao piano, envoltas em cordas ou ambientes eletrónicos fugazes, elevadas por harmonias que cria com a sua voz, os tais puzzles vocais em que encaixa as peças que a sua imaginação lhe oferece, Sofia Leão descobre-se a si e ao mundo, faz-se ao Mar com a bravura de quem cria porque tem que ser. E mais um mistério nasce, feito de canções, palavras, vozes e melodias – matérias invisíveis que só a alma compreende. 

Romain Garcia

Licenciado em artes gráficas, nascido em Paris de origem espanhola, Romain Garcia sempre se inspirou nas suas numerosas influências, quer culturais quer artísticas. DJ desde os 15 anos e fã de techno, especialmente melódico, enviou uma demo a Ben Böhmer durante a quarentena, que imediatamente se prendeu ao seu estilo crescente, cheio de sons exóticos, de samples de vozes trituradas, banhadas em ritmos hipnóticos e dançantes. Esta paixão artística levou a uma colaboração: foi assim que nasceu “Cappadocia”, a primeira faixa de Romain Garcia lançada na Cercle Records em 2020, acumulando já 9 milhões de streams. O single “White Flag” foi lançado depois, pela editora alemã Ton Topferei. Recentemente descoberto pela gerência da NTO, com quem Romain está a partilhar muitas datas, lançou o seu primeiro EP “Syamo”, em dezembro de 2021, e assinou com a prestigiada editora inglesa Anjunadeep. O seu EP “Before You Go”, lançado a 25 de fevereiro de 2022, já recebeu os elogios da imprensa francesa (Tsugi, Libération) e está na lista de reprodução da famosa rádio americana de música eletrónica Sirius Chill.

 

Stereoclip

Tudo começou em Bruxelas em 2010. Apaixonado pela criação e seguindo estudos audiovisuais, o jovem produtor belga Maxime Merkpoel começou a compor música eletrónica após uma viagem de iniciação a Berlim. Ao lançar o famoso êxito “Easy Field”, tocou um grande público e foi descoberto pela equipa da Delicieuse Musique. Assinou o seu primeiro EP e LP, Hometown, composto a partir de casa em Bruxelas, na editora Delicieuse Records. Começou uma digressão em França e na Europa Central, e um encontro com a editora Hungry Music (NTO, Joachim Pastor, Worakls), ponto de partida da sua carreira internacional. Há três anos, depois de ter actuado nos maiores palcos de clubes e ao vivo do mundo (Olympia, Tomorrowland, Dour Festival, Piknic Elektronik, ADE, Rex Club…), Maxime lançou o seu segundo álbum Travel, a continuação lógica do primeiro, na maior editora de Dance Music: Armada Music. O seu terceiro álbum, “Echoes”, tem sido um grande sucesso, permitindo-lhe atingir 1,2 milhões de ouvintes mensais no Spotify. A introdução do álbum e “Sunset Drive” tornaram-se algumas das faixas mais ouvidas do Stereoclip. Em 2023, decide finalmente libertar-se das grandes editoras discográficas e recuperar a liberdade total para criar o que quiser. Foi assim que o seu quarto álbum, “Reflex”, foi lançado a 1 de março de 2024

 

The New Orleans Gospel Choir

Streets Of New Orleans By The New Orleans Gospel Choir traça a história musical de uma das cidades icónicas da música internacional.

O programa do concerto, que se estreou no Grandes del Gospel de Madrid no Natal de 2023, recria os antigos hinos do género, inclui uma seleção de grandes êxitos com raízes na cidade e dá visibilidade ao Funeral Jazz, um subgénero que todos em todo o mundo identificam com Nova Orleães. Executado com solenidade no caminho para o cemitério e com bulício no regresso à cidade, tem a sua origem nos spirituals que as congregações cantavam nas igrejas.
Após o seu extraordinário sucesso em 2023, o New Orleans Gospel Choir regressa à Europa durante a época natalícia para apresentar, “The Streets Of New Orleans”, uma homenagem sentida à cidade onde há sempre música no ar. Berço do Jazz, Espírito do Gospel, Casa do Rhythm & Blues. Com ruas com nomes de canções, Bourbon, Basin, Perdido, onde os bairros estão repletos de estrelas anónimas e lendas da música popular do século XX. Louis Armstrong, Mahalia Jackson, Fats Domino.
O New Orleans Gospel Choir combina geografias e talentos numa formação original com um repertório onde se juntam as mais variadas tradições. “

The Streets Of New Orleans” é uma amostra vibrante da tradição musical da cidade, uma viagem de ida e volta desde as origens na Praça do Congo até ao presente dos desfiles com ritmos de segunda linha, com citações especiais para as melodias que tanta gente já cantarolou numa altura ou noutra. What A Wonderful World, Just A Closer Walk, When the Saints Go Marching In.

Aukai

Aukai (havaiano) refere-se a um marinheiro, um viajante. Também evoca uma natureza mística, filosófica e introspectiva. O nome perfeito para o projeto do multi-instrumentista e compositor Markus Sieber.
Trata-se de uma coleção de paisagens sonoras acústicas ambientais que levam o ouvinte numa viagem interior a um lugar de quietude e beleza tranquila.

A expressão “contos instrumentais” é adequada. Soturnas, evocativas, delicadamente ligadas, as peças são breves, mas assombrosas. Permanecem com o ouvinte muito depois de os sons se terem desvanecido, como neve a derreter suavemente numa encosta ensolarada.

Todas elas apresentam o toque matizado e expressivo de Sieber no Charango, um instrumento de cordas dedilhadas, semelhante a um bandolim, originário dos Andes, que ocupou o lugar central em toda a sua obra até à data. “Tem um som de outro mundo, hipnotizante e sonhador, que eu adoro”, explica. “Vem dos Andes e o seu som transmite literalmente a experiência de estar no alto das montanhas, uma sensação de espaço e liberdade.”

O seu percurso pessoal tem sido muito atribulado. Nascido perto de Leipzig, na Alemanha de Leste, 15 anos antes da queda do muro, os seus pais mudaram-se para uma antiga casa rústica e simples numa aldeia nos arredores de Dresden quando ele tinha seis anos. No verão, Sieber passava os tempos livres a nadar ou a praticar shing nos rios Zschopau e Mulde e, no inverno, a patinar no gelo, a andar de trenó e a esquiar. Nestes primeiros anos de infância já se tinha estabelecido uma forte ligação à natureza, que permaneceu desde então na sua vida como uma fonte importante para o seu trabalho criativo.

Aos 16 anos, mudou-se para Potsdam, perto de Berlim, e tocou como guitarrista em bandas de rock alternativo, fazendo parte da vibrante cena rock dos anos 90 da Alemanha de Leste, antes de se dedicar ao trabalho como ator de teatro, cinema e televisão em Berlim e São Petersburgo. Uma mudança de vida para o México colocou-o em contacto com a música mundial e indígena, despertando uma nova missão musical.

Como qualquer músico, Markus Sieber está habituado a ir mais longe para fazer a música que ouve na sua cabeça e sente no seu coração.
“A música, diz ele, tem este potencial incrível de nos levar a um estado intemporal: um mundo de imagens e sensações, memórias e emoções. Por vezes, ao fazê-la, pode invocar uma sensação nostálgica de experiências passadas, a que se juntam alguns dos meus sentimentos actuais, fundindo o passado e o presente de modo a que, de certa forma, o tempo desapareça. Dentro desta intemporalidade, o ouvinte e eu podemos encontrar um espaço para nos encontrarmos e partilharmos.”

Wallners


O fantástico grupo dream pop de quatro irmãos vienenses chama-se Wallners
Se não tivessem crescido debaixo do mesmo teto, os quatro Wallners, Nino, Max e as gémeas Anna e Laurenz, nunca teriam acabado numa banda, dizem-nos com uma gargalhada. A única coisa em que concordam é que os Daft Punk são a sua banda favorita e já estão a trabalhar em faixas que fariam dançar as duas lendas francesas da eletrónica. De momento, porém, a música dos recém-chegados Wallners lembra muito mais a banda sonora de um sonho acordado, que nos leva a mundos paralelos místicos e que deixa os sentimentos marcarem o ritmo, especialmente o sentimento de saudade. Os Wallners evocam os sons suaves e sedutores de Rhye, o desgosto de um James Blake e de uma Lana Del Rey na forma como trabalham e fazem-nos lembrar dois outros irmãos que estão na boca de toda a gente: Billie Eilish e o seu irmão Finneas. Devido à sua proximidade e familiaridade, os Wallner também não têm de discutir muito uns com os outros; entendem-se cegamente e produzem em casa.

Mas os quatro irmãos Wallner têm algo em comum: são todos grandes consertadores e mentes criativas que trabalham em canções individuais durante um ano no máximo – não tanto adicionando camada sobre camada, mas muito pelo contrário, expondo o núcleo das canções. É uma música de redução, de minimalismo condensado e substancial. Levados pela voz hipnótica de Anna Wallner, os Wallners provam que a ternura e a força não têm de ser mutuamente exclusivas. As canções envolvem os ouvintes, que se deixam imediatamente levar pelos arranjos, tal como acontece com uma canção de embalar. Os Wallners estão entusiasmados por apresentar ao mundo a sua música espantosamente onírica. O seu primeiro EP chama-se “Prolog 1” e já foi lançado pela Universal Music Austria.

Ben Lukas Boysen

Ben Lukas Boysen (aka Hecq) é um compositor de Berlim conhecido pelo seu trabalho em bandas sonoras de filmes, séries televisivas, jogos e instalações artísticas.
Os seus numerosos álbuns lançados em editoras como Erased Tapes, Hymen e Mesh são um conjunto maravilhosamente sedutor de influências experimentais, electrónicas, ambientais e clássicas.