Carlos Maria Trindade nasceu em Lisboa em 1954. Aos 6 anos de idade começou os seu estudos musicais no curso ORFF-SCHULWERK da Fundação Calouste Gulbenkian, concebido pelo compositor e pedagogo Alemão Carl Orff.
Aos 9 anos ingressou no Conservatório Nacional, onde estudou Solfejo e Piano.
Em 1973 abandona o país e vive em Londres. Regressa a Portugal em 1975 e retoma os estudos no Conservatório. Completa o curso geral de Piano, bem como Contraponto, Harmonia e Históriada Música.
De 1976 a 1980, desenvolve o duo de vanguarda Carlos Maria Trindade-Rui Calapez Gomes,subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, que actua na Bélgica , e e Inglaterra e culminacom um concerto no Auditório 2 daquela Fundação, integrado nos Terceiros Encontros de Música Contemporânea.
Em 1979 é convidado a entrar no grupo Post Punk Corpo Diplomático, onde toca órgão. Este grupo virá a dar origem aos Heróis do Mar, do qual é fundador com Pedro Ayres Magalhães e Paulo Gonçalves. Simultaneamente, começa a produzir outros artistas tais como Delfins, Ópera Nova, Kris Kopke, Rádio Macau, Xutos e Pontapés, António Variações , Santos e Pecadores, Mariza, Paulo Bragança, Golpe de Estado, entre outros.
Em 1990 concebe o disco instrumental “Mr. Wollogallu” com Nuno Canavarro, que virá a ser editado pela União Lisboa. Reeditado em vinil pela editora Catalã URPA i MUSELL no ano de 2017, ganha estatuto no panorama “Chill out/Ambient music” em todo o mundo.
Em 1991 é convidado para director de Artistas e Repertório Nacional da editora Polygram (hoje a Universal) onde, durante 4 anos, lança artistas como Paulo Bragança, Pedro Abrunhosa, Quinta do Bill, Repórter Estrábico entre muitos outros.
Em 1994 entra no grupo Madredeus para substituir Rodrigo Leão nas teclas. Mantém-se no grupo até final. Entretanto, nos intervalos das digressões internacionais, vai lançando discos. “Deep Travel” sai em 1997 e é mais um projecto discográfico a solo.
Em 2000 constrói um estúdio no Alentejo onde surge o Madredeus e a Banda Cósmica que aí grava vários discos.
Funda os NO DATA (projecto aberto) com Luis Beethoven que dá origem a dois discos: Musica Naive (2005) e Carrocel do Mundo (2008)
Funda os CLAUSTO#7 com Alexey Tolpygo violino acústico e elétrico e sintetizadores e Sara Afonso (voz). Actuam no CCB e na Casa da Música
Em 2007 muda-se definitivamente para Pavia, onde prossegue o seu trabalho.
Nos últimos 4 anos dedica-se de novo ao piano acústico, depois de muitos anos ocupado nos sintetizadores.
A convite da Fundação Eugénio de Almeida, faz um concerto no Convento da Cartuxa, em Évora, em Setembro de 2020, onde apresenta um conjunto de peças originais para piano solo. Foi o princípio de uma série de concertos que tem feito daí para cá.
Em Outubro de 2023, foi editado o resultado destes concertos em LP, CD e streaming pela UGURU MÚSICA, com o título genérico de VITRAL SUBMERSO.
Entretanto, desenvolve o projecto SURTO com o DJ do Lux Marco Antão (Switchdance), que actua no Festival de Música electrónica NEOPOP, em Viana do Castelo, bem como no BOOM FESTIVAL, onde toca piano e sintetizadores. Em 2020 e 2021 compõe as bandas sonoras das séries “10s PARA O FUTURO” “DEUS CÈREBRO”, produzidas pela PANAVIDEO para a RTP e realizadas por José António de Almeida.
CMT considera que entre os seus mais importantes mestres estão: John Cage, Carl Orff, Brian Eno, Murray Schaffer, Fernando Pessoa e seus heterónimos…