CARMEN SOUZA NO CATÁLOGO DA UGURU

A UGURU orgulha-se de poder contar com esta extraordinária artista no seu catálogo.

Aos poucos – e de forma determinante desde que reside em Londres – Carmen Souza tem-se afirmado globalmente como um dos mais intransigentes, inquietantes e vibrantes símbolos da lusofonia. E no sentido em que a entidade cultural lusófona é intrinsecamente mutante e em constante expansão, mas eminentemente inclusiva, é apenas natural que assim seja. Porque se a acção desta lisboeta (nascida em 1981) parte de um signo matricial enraizado na tradição das ilhas de Cabo Verde (a origem da sua família), é pelas encruzilhadas próprias da diáspora que vai construindo um eclético programa artístico que se afigura único no panorama internacional.

O tratamento essencialmente plástico que confere aos materiais à sua disposição – e o carácter quase expressionista da sua voz assume-se, nesse particular, tanto um ponto de partida quanto de chegada – sublinha simultaneamente as afinidades estéticas transatlânticas e o inédito ponto de sincretismo a que chegou. Música afro-cubana, jazz, morna e um conjunto de referências nascidas já de décadas de fusões rítmicas são deglutidas, distendidas e infinitamente recicladas no desenvolvimento de um extático perfil autoral para o qual, ao longo da última década, tem contribuído decisivamente o compositor e baixista Theo Pas’Cal.

O seu novo disco, Kachupada, gravado entre Lisboa e Londres, anuncia logo ao que vem, usando, no título, uma das mais generosas, convidativas e apetitosas metáforas para descodificar conteúdos musicais que combinem as mais variadas tipologias. Numa enérgica e concentrada demonstração de mais-valia criativa, memórias de presos políticos aliam-se ao emancipatório gesto do jazz, percorre-se a riqueza rítmica das ilhas, e canta-se a exaltação da vida, da juventude, da família. E, como à mesa, há sempre lugar para mais um!

“Carmen Souza sings in her native creole dialect with an intimacy, sensuality, and vivacity, characterised by a tremendous lightness of touch. Her music has a deceptive simplicity, a rare clarity, derived from a unique mix of influences from her Cape Verdean background to jazz and modern soul creating this beautifully vibrant, largely acoustic, accessible hybrid. World soul music for the 21st century” David Sylvian

5 STARS – “Extraordinarily talented vocalist…”  Latin Jazz Network, USA   

4 STARS – “Irresistible”  Télérama, FR

4 STARS – “Cape Verdean Esperanza Spalding…brave, extraordinarily original.” Songlines, UK

4 STARS – “Ella Fitzgerald du Cap-Vert..” Les Inrockuptibles, FR

A pinch of Billie Holiday, a hint of Nina Simone, Ella phrasing and Mina Agossi rebellious side…”

“a unique and original style” JAZZ MAG, FR