𝘜́𝘓𝘛𝘐𝘔𝘖𝘚 𝘉𝘐𝘓𝘏𝘌𝘛𝘌𝘚 | RANI & ENSEMBLE apresentam “Ghosts” ao vivo em Lisboa | Coliseu dos Recreios, 22 MAIO


A cantora e pianista polaca escolheu Lisboa para interpretar o seu último disco a solo de forma especial e única
ÚLTIMOS BILHETES

Se ainda não garantiu o seu lugar para o concerto especial da cantora e pianista polaca é agora ou nunca. A não perder esta noite que promete ser mágica, arrebatadora e irrepetível.

Lisboa é uma das cidades por onde passa “Ensemble”, a digressão que concretiza um sonho antigo de Hania Rani: tocar o seu mais recente longa-duração, “Ghosts”, na íntegra com um grupo alargado de músicos, em alguns dos seus locais favoritos na Europa. A compositora sobe assim ao emblemático palco do Coliseu dos Recreios, no dia 22 de Maio, rodeada de mais nove artistas.Depois de dois concertos em Lisboa e no Porto, em Abril do ano passado, bastante aclamados pela crítica, Hania Rani embarca numa tournée que resume o extenso périplo de estrada começado em 2023 com um último pedaço luminoso antes do merecido período de tranquilidade.

Este espetáculo surge também como uma resposta da premiada pianista a um mundo cada vez mais fragmentado e à progressiva deterioração do poder de foco. Hania defende que a performance ao vivo é uma rara oportunidade de se reconetar com a capacidade de experimentar coisas transmitidas com um gesto maior e um tempo prolongado. No momento em que volta a interpretar em Portugal as canções do terceiro trabalho a solo, fá-lo de uma maneira singular e diferente das habituais apresentações, integrando uma entidade maior com instrumentos de cordas, sopros e metais. No Coliseu, vai testemunhar-se a interação entre uma dezena de músicos, cuja maioria são colaboradores e amigos de longa data da polaca, como a violoncelista Dobrawa Czocher e o baixista Ziemowit Klimek, de origens musicais versáteis.

A atuação do coletivo ganhará ainda outras asas com o desenho de luz e cenografia de Stuart Bailes, inspirados na natureza intrincada do disco, ao juntar centenas de sons, sabores e histórias.

Sobre “Ghosts”, os seus 70 minutos transportam a escrita e a bela voz de Hania Rani para o primeiro plano, e assumem-se como uma decisão artística deliberada e um manifesto em contradição direta com o modo como a arte é tendencialmente ajustada ao ritmo frenético da comunicação de massas. Editado em Outubro de 2023, o álbum duplo recebe as ilustres participações de Patrick Watson, Ólafur Arnalds e Duncan Bellamy (Portico Quartet).

Os bilhetes para o espectáculo em Lisboa custam entre os 35€ e os 80€ e encontram-se à venda nos locais habituais e na BOL.

No dia 22 de Maio, pelas 21h00, Hania Rani e o seu Ensemble convidam o público a desacelerar e a entrar numa experiência imersiva que explora sons acústicos e digitais, misturando mundos aparentemente distintos que formam o estilo musical e a trajectória criativa da cantora e pianista.

RODRIGO LEÃO apresenta “O Rapaz da Montanha” ao vivo nos Coliseus de Lisboa e Porto

Rodrigo Leão regressa aos grandes palcos com o novo álbum O Rapaz da Montanha recentemente editado pela Galileo Music, no passado dia 25 de abril. Considerado o trabalho mais português da sua carreira, o disco propõe um retrato íntimo e coletivo do país, onde se cruzam emoção, palavra e memória. Com arranjos marcados por coros expressivos, uma forte presença percussiva e letras que abordam temas como a opressão, a identidade ou a esperança, Rodrigo Leão volta a assinar uma obra de grande maturidade artística.A carreira de Rodrigo Leão é indissociável da história recente da música portuguesa. Depois de integrar a Sétima Legião e os Madredeus, iniciou um percurso a solo em 1993 que viria a incluir colaborações com artistas como Ryuichi Sakamoto ou Beth Gibbons. Trinta e dois anos depois do início desse caminho, apresenta agora um álbum inspirado numa frase da escritora Ana Carolina Costa — “Se Deus perdoa a quem engana, quem é que perdoa a Deus?” — que dá corpo ao tema Cadeira Preta.

O Rapaz da Montanha conta com a participação de músicos de longa data como Pedro Oliveira e Gabriel Gomes, assim como de convidados especiais, entre os quais José Peixoto, Carlos Poeiras e Francisco Palma. A família do compositor também tem uma presença significativa neste trabalho, com contribuições de Ana Carolina Costa e dos seus filhos, reforçando o caráter intimista e coletivo do disco.

Produzido por Rodrigo Leão, João Eleutério e Pedro Oliveira, este é um álbum feito de emoções profundas, memória viva e uma esperança persistente. Os concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto prometem ser momentos especiais de partilha e celebração desta nova etapa do percurso do compositor.

Em Lisboa, no Coliseu dos Recreios no dia 19 de Dezembro, e a 1 de fevereiro de 2026 no Coliseu do Porto, O Rapaz da Montanha ao vivo.

Um regresso íntimo e coletivo às raízes, onde a música de Rodrigo Leão se faz território comum — entre a memória e o futuro, entre o silêncio e a celebração.

SOFIA LEÃO LANÇA O ÁLBUM DE ESTREIA “MAR”

 O disco da nova e singular voz da música portuguesa é editado esta
sexta-feira, dia 9 de maio, pela UGURU


Sofia Leão descobre-se a si e ao mundo, faz-se ao Mar com a bravura de quem cria porque tem que ser. E mais um mistério nasce, feito de canções, palavras, vozes e melodias – matérias invisíveis que só a alma compreende.


Sofia Leão descobre-se agora, a si mesma e ao mundo, com Mar. A jovem cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora tem 18 anos e contava apenas 13 quando gravou pela primeira vez com o seu pai, Rodrigo Leão. Participou em “Bailarina”, tema do álbum O Método em que se escutava também o Coro da Associação Musical dos Amigos das Crianças. Foi nessa instituição, a AMAC, que estudou piano clássico com a professora Sara Fernandes, tendo aí concluído o 8º grau desse instrumento. Esses estudos e o piano são algumas das ferramentas de que agora se socorreu neste Mar, mas não as únicas.

O processo de descoberta musical de Sofia começou há mais tempo, aos 10 anos, quando começou a usar o seu computador para registar as suas primeiras ideias. Mas, explica-nos a própria Sofia, só mais recentemente, aos 15, é que essas primeiras ideias começaram a ganhar “pés e cabeça”.Graças à preciosa ajuda de amigos de longa data que me acompanharam desde sempre, consegui reunir um cantinho no meu quarto com os materiais necessários para começar a explorar as ideias que soavam em mim. Apaixonei-me pela magia que as vozes, juntas, têm. É uma espécie de puzzle vocal feito por tentativa e erro, resultando em atmosferas, por vezes, improváveis”, explica.

O passo seguinte foi levar o que começou por criar em modo solitário no seu quarto para o estúdio. Com a ajuda de João Eleutério, músico, produtor “e também amigo” que partilha um estúdio com Rodrigo Leão, Sofia deu outro corpo a essas ideias a partir de finais de 2023. Esse trabalho revela-se agora. Como a própria Sofia. No tema “Não me conheço”, Sofia coloca perguntas que são universais – “Onde é que o mar acaba? Onde é que o céu começa?” -, mas que ganham outra ressonância com a sua voz tranquila, quase sussurrada.

Neste álbum, além de compor e cantar (voz solo e vozes corais), Sofia Leão toca piano, sintetizadores, guitarra, percussões e harmónio. Em quatro dos temas, a jovem artista conta com a participação de três músicos: João Eleutério (baixo em “Não seria tão triste” e “Umineu”), Bruno Silva (viola de arco em “Não me conheço”) e Gabriel Gomes (acordeão em “Mar”).

Nas 12 canções que nos mostra agora, feitas de melodias transparentes e simples desenhadas ao piano, envoltas em cordas ou ambientes eletrónicos fugazes, elevadas por harmonias que cria com a sua voz, os tais puzzles vocais em que encaixa as peças que a sua imaginação lhe oferece, Sofia Leão descobre-se a si e ao mundo, faz-se ao Mar com a bravura de quem cria porque tem que ser. E mais um mistério nasce, feito de canções, palavras, vozes e melodias – matérias invisíveis que só a alma compreende.

O álbum de estreia de Sofia Leão possui dois singles: “Valsa” (28 de fevereiro) e “Não me conheço” (4 de abril). “Não seria tão triste” é a focus track do lançamento do disco, editado a 9 de maio pela UGURU.

IBRAHIM MAALOUF & THE TRUMPETS OF MICHEL-ANGE (T.O.M.A)

O TROMPETISTA FRANCO-LIBANÊS IBRAHIM MAALOUF REGRESSA A PORTUGAL COM UM NOVO E AMBICIOSO PROJETOO trompetista franco-libanês Ibrahim Maalouf regressa a Portugal com T.O.M.A – Trumpets of Michel-Ange, um espetáculo que é mais do que um concerto: é um manifesto artístico, uma travessia sonora entre o Oriente e o Ocidente, entre a tradição e a modernidade, entre o virtuosismo e a emoção crua.

Com 19 álbuns editados e duas nomeações consecutivas aos GRAMMY, Maalouf é um fenómeno que transcende géneros. Do clássico ao jazz, das bandas sonoras de cinema às colaborações com lendas vivas da música mundial, a sua trompete tem ecoado nos quatro cantos do globo — do Lincoln Center em Nova Iorque ao Hollywood Bowl em L.A, passando pelo Accor Arena em Paris, onde foi o primeiro artista de jazz a esgotar a sala.Apelidado de “virtuoso” pelo New York Times, descoberto por Quincy Jones, apresentado por Jon Batiste como uma “lenda viva do jazz” no Late Show with Stephen Colbert, Ibrahim Maalouf já partilhou o palco com nomes como Stevie Wonder, Wynton Marsalis, Melody Gardot, Marcus Miller, Angelique Kidjo, entre tantos outros.

Ibrahim Maalouf & The Trumpets of Michel-Ange, a 4 de abril de 2026 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, é um convite ao encontro entre culturas, estilos e emoções numa linguagem musical acessível e exigente, dirigida a todas as gerações e a todos os amantes da música.
Uma noite para ouvir o mundo através de um trompete.

NANCY VIEIRA E FRED MARTINS EDITAM O NOVO ÁLBUM “ESPERANÇA”

Depois do aclamado Gente, álbum editado em março de 2024, Nancy Vieira está de regresso com Esperança numa parceria com o compositor e violonista brasileiro Fred Martins. Esperança, composto por 11 faixas, foi editado no dia 23 de abril pela japonesa Respect Record, tendo atingido o nº1 no World Music Chart da Amazon (Japão).

O balanço das águas, que viaja nas ondas, facilmente atravessa o oceano e vai do Brasil até Cabo Verde e vice-versa. Nancy Vieira e Fred Martins sabem bem disso. A primeira é um autêntico tesouro vivo das ilhas que nos deram a morna e o funaná, a coladera e tanto mais, voz de um crioulo tão universal quanto doce, tão sensual quanto moderno, que gravou nos últimos anos alguns dos mais importantes discos da cultura que a Unesco agora reconhece como Património Imaterial da Humanidade. Fred Martins é outro tesouro, este do lado de lá do oceano, compositor, violonista premiado, aplaudido por público e crítica, respeitado pelos seus pares.

Desde 2013, ano em que se conheceram, que Nancy Vieira e Fred Martins possuem uma cumplicidade ímpar, explanada neste trabalho. Gravado por Jorge Cervantes – que tem participação especial na canção “Saiko Dayo” – no CervanteStudio, em Lisboa, a obra apresenta maioritariamente as vozes de Nancy, juntamente com a guitarra e as vozes de Fred. Esperança brinda-nos com o melhor da morna e da bossa nova, numa mistura evocativa da música de Cabo Verde e do Brasil. Com o amor e a paz como fios condutores, o disco possui originais e canções tradicionais de Cabo Verde, terminando com o bolero cubano “Trago Risos”.

Sobre este disco, os artistas referem:

“Escolhemos as músicas com o coração atento ao que está acontecendo em nosso mundo, em nosso tempo. Muito poder em poucas mãos, imensa desigualdade, muita vida sendo desperdiçada em vão. Portanto, gostaríamos de lembrar com estas músicas, que a compaixão, a empatia, um senso coletivo de vida, solidariedade e respeito, podem existir neste mundo, pois na base de tudo está o amor. Essas são canções de colegas e amigos que compartilham o mesmo espaço espiritual, uma atitude de busca de crescimento. São versos que vibram para o bem de cada um e também para o bem comum.”, afirmam.

Juntos, vão apresentar este novo álbum ao vivo, em que se pode esperar música de qualidade extrema, de sinceridade total, capaz de agarrar corpos e corações, executada por dois artistas que são tão genuínos quanto universais. Não podia ser melhor.

A propósito do lançamento do álbum, Nancy Vieira e Fred Martins vão atuar no Japão nas seguintes datas:

19 de julho – Kobe
20 de julho – Tóquio
21 de julho – Tóquio
O pão que se divide vira canção
A mão que se decide vence o canhão
Pegando na mão
De uma multidão
De gente que ama

Rezei pra ver mais uma rosa nascer
Eu já roguei pra margarida florir
Também já pedi pra chover
Assim como pra despertar
Bem cedo que é pra ver o sol raiar

Ganavya ao vivo na Casa da Música, 15 OUT, Porto

NOVO ÁLBUM “NILAM” AO VIVO, NUMA NOITE DE ESCUTA PROFUNDA E RARA BELEZA
“The singer whose work feels like prayer.” – The New York Times
Depois de ter sido descrita como uma das vozes mais comoventes e singulares da música contemporânea, ganavya sobe ao palco da Casa da Música, no dia 15 de outubro, para apresentar ao vivo o seu novo álbum, Nilam — um trabalho coproduzido por Nils Frahm, com lançamento previsto para 23 de maio.

Nilam significa “terra” em Tamil, e é precisamente esse sentido de enraizamento que atravessa todo o disco — uma meditação sobre pertença, equilíbrio e continuidade. Com composições delicadas e tocantes, ganavya oferece ao ouvinte um espaço de escuta profunda, onde a fragilidade se transforma em força. Este é um trabalho que se distingue pela honestidade e pela beleza, construído a partir de influências múltiplas e de um percurso artístico e académico ímpar.

Ganavya nasceu em Nova Iorque e cresceu na Índia. É cantora, compositora, investigadora e educadora, com formação em teatro, psicologia, performance contemporânea, etnomusicologia e pensamento crítico. É cofundadora do coletivo We Have Voice e tem colaborado com nomes como Peter Sellars, Wayne Shorter e Esperanza Spalding. Mais recentemente viu a sua contribuição vocal adicionada ao novo tema Cuentale de David Guetta & Willy William & Nicky Jam.

Nilam é o resultado de uma vida dedicada à escuta, à criação e à interrogação constante do lugar da arte no mundo. Um disco que convida à reflexão, à presença e à experiência sensível da música que que ganhará ainda mais camadas ao vivo.

O concerto está marcado para 15 de outubro na sala 2 da Casa da Música, no Porto.

Os bilhetes custam entre 25 a 30 euros e estarão disponíveis a partir de 8 de maio

LINA_ & JULES MAXWELL LANÇAM O PRIMEIRO SINGLE “NÃO DEIXEI DE SER QUEM SOU”

LINA_ & JULES MAXWELL

CELEBRAM AS LIGAÇÕES POÉTICAS MENOS CONHECIDAS ENTRE PORTUGAL E A IRLANDA EM NOVO PROJETO: “NÃO DEIXEI DE SER QUEM SOU” É O PRIMEIRO SINGLE DO ÁLBUM “TERRA MÃE”RTISTAS: LINA_ & JULES MAXWELL

SINGLE: NÃO DEIXEI DE SER QUEM SOU

DURAÇÃO DA FAIXA: 05:08

DATA DE LANÇAMENTO DO SINGLE: 2 DE MAIO DE 2025

SINGLE ANTECIPA O ÁLBUM: TERRA MÃE

EDITORA: ATLANTIC CURVE | SCHUBERT MUSIC EUROPE

GÉNERO: GLOBAL ELECTRONICA

LÍNGUA: PORTUGUÊS

Depois do lançamento do aclamado “Fado Camões” e do EP “O Fado”, este úlitmo em parceria com o pianista e compositor espanhol Marco Mezquida, a próxima viagem da carreira da multipremiada LINA_ é a parceria com Jules Maxwell, compositor e teclista irlandês dos Dead Can Dance.

“Não Deixei de Ser Quem Sou” é o primeiro single e marca o início da proposta criativa da dupla, que visa suceder “Burn”, álbum de Lisa Gerrard e Jules Maxwell, editado em 2021.

RODRIGO LEÃO APRESENTA “O RAPAZ DA MONTANHA”

Álbum é editado esta sexta-feira, dia 25 de abril, pela Galileo Music

Um disco, mais português que nunca, onde as melodias se tornam urgência e as palavras ganham chão – com coros, percussão e cumplicidades antigas a traçar o retrato de um país real e íntimo.

O nome do compositor Rodrigo Leão é conhecido do público português desde os tempos da banda Sétima Legião. Posteriormente, integrou os Madredeus, projeto com o qual reforçou a sua visibilidade. Em 1993, lançou o primeiro disco em nome próprio, Ave Mundi Luminar, iniciando uma carreira a solo que viria a incluir uma discografia extensa, onde constam também bandas sonoras e colaborações com artistas como Ryuichi Sakamoto, Neil Hannon (Divine Comedy), Beth Gibbons (Portishead) ou Michelle Gurevich.

Agora, trinta e dois anos depois da estreia como músico a solo chega este O Rapaz da Montanha. E não há como evitar o adjetivo: o novo disco de Rodrigo Leão é surpreendente, quer em termos musicais quer até em termos de carreira do compositor. O próprio o reconhece: “Foi um disco inesperado. Há três anos que o tinha na cabeça e fui construindo-o de forma muito focada, de uma maneira diferente da que aconteceu nos anteriores, em que a composição saía sem tempo ou intenção determinada. Aqui, a partir daquela frase da Ana Carolina [Costa] ‘Se Deus perdoa a quem engana/quem é que perdoa a Deus ?’ [incluída no tema Cadeira Preta] comecei logo a pensar no que iria fazer. E agora que está acabado acho que é o disco mais português que fiz até hoje”.

Esta noção de identidade é verdadeira: percorre mais intensamente vários discos do compositor e estão visíveis na compilação Os Portugueses (2018). E com efeito este novo disco pode caber nessa identidade que de um modo ou outro sempre esteve presente na obra de Leão.

Agora, em 2025, O Rapaz da Montanha apresenta de facto uma mudança de forma e substância. Musicalmente , a utilização de coros (em que o próprio compositor participa), que reforça um sentimento coletivo, e uma marcada percussão em alguns temas evoca desde logo alguns cantatautores portugueses da década de 1970, algo que Leão reconhece.

A nível da lírica também se percebe uma mudança de abordagem: os sentimentos etéreos e melancólicos que tão bem estão representados na obra de Leão dão aqui lugar a uma linguagem mais direta, que dialoga com uma realidade dificil mas verdadeira. As palavras mostram homens “presos naquela engrenagem” (O Rapaz da Montanha), mulheres subjugadas e com vontade de libertação  (Guarda-te), gente à procura de si mesma (Andava Eu, Estranho Imperfeito), a dura faina no mar (Lobos do Mar) ou personagens que se debatem com a sua mortalidade e são reféns no mais terrível dos territórios – o país do “Se”, do que ficou por fazer (Madrugada). Como é hábito, Ana Carolina Costa é a autora da maioria das palavras, com as exceções de Gito Lima (Estranho Imperfeito), Francisco Menezes (Esperança) e João Pedro Diniz (Vento Sem Fim). No final o que fica é um apelo à ação, a um libertar das grilhetas dos dias, uma luta que vale a pena enfrentar mas que nunca prescinde do céu da esperança. “Lá em baixo não há nada/ mas há tanto p’ra fazer!”, canta-se em O Rapaz da Montanha.

O mundo da criação de Rodrigo Leão vive desde sempre intimamente ligado aos afetos, quer seja através da família ou dos amigos. Sem surpresas aparecem neste disco cúmplices novos e mais antigos, como Pedro Oliveira (amigo de infância, cantor da Sétima Legião, co-produtor do álbum com Leão e João Eleutério e interveniente como músico em vários temas e cantor em Esperança) ou um amigo e cúmplice de vários projectos (Sétima Legião, Madredeus e Os Poetas): o acordeonista Gabriel Gomes. Há lugar também para convidados como José Peixoto (guitarra clássica), Carlos Poeiras (acordeão), Francisco Palma (voz) ou o ilustrador Tiago Manuel, que sem esforço passam a cidadãos honorários da obra de Leão. A sua família próxima também colabora : para além da autora das palavras e sua mulher Ana Carolina Costa, os filhos Sofia, Rosa e António estão presentes ao longo do disco. Mesmo os músicos que Leão chamou para este disco refletem anos de trabalho e cumplicidade: a cantora Ana Vieira – a voz principal do disco – ,Viviena Tupikova (violino), Bruno Silva (viola), Celina da Piedade (acordeão), Carlos Tony Gomes (violoncelo e autor dos arranjos de cordas),  João Eleutério (guitarra, baixo e sintetizador), António Quintino (contrabaixo) e Frederico Gracias (bateria e percussão).

Seria errado dizer que O Rapaz da Montanha significa uma revolução no universo musical de Rodrigo Leão. É antes uma evolução consequente, que mesmo trazendo mudanças não abandona um milímetro da identidade musical do compositor. Com uma já longa e notável carreira, a inquietação e a curiosidade permanece viva em Rodrigo Leão.

DANÇAS OCULTAS LANÇAM O SEGUNDO SINGLE “PEDRA DO SOL” E ESTREIAM O VIDEOCLIPE DE “PULSAR”

Novo álbum INSPIRAR é editado a 23 de maio pela Galileo Music

Após o lançamento do single “PULSAR”, primeira amostra relativa ao novo álbum INSPIRAR, que terá edição a 23 de maio, Danças Ocultas desvendam o segundo single “PEDRA DO SOL”, já disponível nas plataformas digitais.

“PEDRA DO SOL” é o título inspirado numa pedra preciosa conhecida pelo seu brilho cintilante, que lembra os raios do sol. Esta canção reflete essa mesma luz, com uma sonoridade que vai dos graves profundos do baixo até aos agudos brilhantes da melodia. Tal como a pedra que lhe dá nome, a música transmite energia, alegria e uma vibração positiva, tornando-se uma fonte de inspiração e bem-estar para quem a escuta.

Para o seu décimo álbum, INSPIRAR, o grupo assumiu abertamente o conceito de criar tempo, luz e respiração, com a intenção de moldar uma música crua, mas expressiva. Houve algo de muito orgânico neste processo como se cada peça fosse burilada e esculpida até restar apenas o essencial.

Danças Ocultas lançam videoclipe referente ao single “PULSAR”

Já está disponível o videoclipe de “PULSAR”, o primeiro single que antecipa o novo álbum INSPIRAR. Clique abaixo para ver o video

https://www.youtube.com/watch?v=RD5RCHnUV4c

Danças Ocultas estão entre os representantes mais inovadores e emocionantes da música contemporânea portuguesa. A presença rebelde, animada e, por vezes, excêntrica dos seus instrumentos (acordeão diatónico – concertina) desenha uma música que passa de registos eternamente tranquilos e apaziguadores para sons mais bailantes ou embalantes acompanhados de um efeito visual sedutor com os seus foles que parecem nunca mais parar de abrir. Com uma estética marcada pela subtileza, pelo silêncio e pela busca da essência, os Danças Ocultas criam música instrumental que atravessa fronteiras — geográficas, estilísticas e emocionais.

Danças Ocultas estarão em digressão, entre abril e julho, com as seguintes datas:
23 Abril • Rorschach [CH] • Kulturfabrik INDUSTRIE36 • 20h
24 Abril • Innsbrück [AT] • Treibhaus • 20h30
25 Abril • Turnhout [BE] • De Warande • 20h15
26 Abril • Roeselare [BE] • De Spil • 20h30
27 Abril • Sint-Niklaas [BE] • Stadsschouwburg • 20h
30 Abril • Leuven [BE] • 30CC • 20h
Julho • Brasil

SOFIA LEÃO ANUNCIA CONCERTOS DE APRESENTAÇÃO DO ÁLBUM “MAR” E LANÇA VÍDEO REFERENTE AO NOVO SINGLE “NÃO ME CONHEÇO”

No âmbito do lançamento de Mar, álbum de estreia que terá edição UGURU a 9 de maio, Sofia Leão anuncia dois concertos de apresentação para os dias 2 e 3 de maio, no MACAM (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins), em Lisboa.

Nesta dupla estreia ao vivo da jovem cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora, esperam-se paisagens sonoras feitas de piano cristalino, eletrónica etérea e harmonias vocais que ondulam como marés emocionais.

Mais do que um concerto, esta apresentação é uma estreia com cheiro a sal e pele arrepiada — uma oportunidade rara de conhecer ao vivo uma nova e singular voz da música portuguesa, ainda a começar… mas já com tanto para dizer.

Depois do lançamento do segundo single “Não me conheço” (sucedeu a “Valsa”), Sofia Leão lançou, no passado dia 9 de abril, o videoclipe do tema, realizado por João Eleutério com imagens captadas pela própria.

Neste tema, a artista assume as vozes, piano e sintetizadores, e conta com Bruno Silva na viola de arco. Sofia coloca perguntas que são universais -“Onde é que o mar acaba? Onde é que o céu começa?” -, mas que ganham outra ressonância com a sua voz tranquila, quase sussurrada.

“Este tema dá voz a algumas perguntas que me fazem curiosa. Elas caem do céu e sobrepõem-se umas às outras e, antes sequer de aparecer uma resposta, surge uma nova pergunta. Quanto mais me apercebo da distância a que estou destas respostas, mais tranquila me sinto.”, explica.