O músico e compositor Antti Paalanen (n. 1977) tem-se destacado no domínio da música popular contemporânea finlandesa desde há muitos anos. Antti Paalanen faz a sua música no acordeão bisonórico (diatónico), um instrumento comum na música folclórica finlandesa do século passado. Paalanen tem utilizado um estilo de execução orgânico, novas técnicas e novas sonoridades expressivas para expandir o potencial do instrumento de modo a abranger uma variedade de géneros.
Paalanen é originário da Ostrobótnia do Sul, uma região rica na tradição pelimanni («músico tradicional») da música folclórica finlandesa. Entre 1989 e 1996, Paalanen ganhou quatro vezes o campeonato finlandês de pelimanni no acordeão diatónico e ficou em segundo lugar no campeonato mundial de acordeão diatónico na Áustria em 1999. Inscreveu-se no Departamento de Música Popular da Academia Sibelius em 1997 e concluiu o seu Mestrado em Música em 2006. Em 2015, concluiu o doutoramento na Academia Sibelius da Universidade das Artes de Helsínquia.
Paalanen lançou quatro álbuns a solo: ÄÄRELÄ (2007), BREATHBOX (2010), MELUTA (2014) e RUJO (2019). Meluta foi nomeado para o Prémio de Música do Conselho Nórdico de 2016 e para o Prémio Teosto nacional em 2015. Os álbuns Breathbox e Rujo foram nomeados para o Etno Album of the Year 2011 e 2020 na gala anual Emma Gala, que é igual aos Grammy’s na Finlândia. Paalanen participou na exposição mundial de música WOMEX, em Copenhaga, em 2011. Após o seu sucesso na WOMEX, actuou amplamente na Europa, Japão e Canadá. Paalanen é um músico e compositor ativo em vários contextos na Finlândia. Até à data, participou em 15 álbuns de várias bandas, contribuindo com composições e arranjos. Escreveu música para o palco e trabalhou como músico de palco no Teatro Nacional Finlandês e noutros grandes teatros finlandeses.

Fernando Cunha é uma daquelas figuras sem as quais é impossível contar a rica história do pop-rock em Portugal: a sua particular história nasce nos Delfins, passa pela Resistência e pelo colectivo Ar de Rock e desagua em 25 anos de percurso a solo que em 2023 teve tradução e celebração no álbum A Linha do Tempo – Ao Vivo em Lisboa. Também em 2023, Fernando Cunha teve a oportunidade de, rodeado de amigos e colaboradores, esse importante marco de carreira em nome próprio com dois grandes concertos que mereceram os mais veementes aplausos do público no festival O Sol da Caparica e também nas sempre muito concorridas Festas do Mar, em Cascais.
Para 2024, o músico veterano imaginou uma digressão especial a que chamará Do Mar ao Cais. Ocupando-se em palco da guitarra e da voz, Fernando Cunha far-se-á acompanhar por João Campos em voz e guitarra acústica, João Gomes nos teclados e coros, João Alves na guitarra eléctrica e coros, Philippe Keil no baixo e Francisco Cunha na bateria – os Invisíveis, banda rodada e com muita experiência que tem acompanhado o músico em muitos quilómetros de estrada. Juntos, interpretam novas e bem originais versões de clássicos como “Ao Passar Um Navio” e muitos dos temas que Fernando Cunha foi criando nesse quarto de século muito preenchido de música, de “Vou Sorrir” a “Se Eu Pudesse Um Dia”.
Em concertos mais especiais, como aconteceu nas supra-citadas passagens pel’O Sol da Caparica ou pelas Festas do Mar de Cascais, Fernando Cunha poderá chamar convidados especiais como Olavo Bilac (Resistência/Santos e Pecadores), Rui Pregal da Cunha (Heróis do Mar/LX 90), Paulo Costa (Ritual Tejo) ou Maria Leon (Ravel/ Ar de Rock/Chameleon Collective), argumentos adicionais para um espectáculo cuidado e enérgico que se desenrola como uma celebração da vida, do rock e da amizade e capaz, por isso mesmo, de tocar os públicos mais diversos.
Brushy, el bluesman rural jamaicano, une al mundo con una guitarra de una sola cuerda.
Cuando el cineasta Luciano Blotta salió de un estudio de grabación en la Jamaica rural, lejos de turistas y melómanos, vio algo extremadamente inusual: un hombre con un instrumento. Aún más sorprendente fue el hecho de que el instrumento en cuestión -una desgastada pero resonante guitarra acústica- tuviera una sola cuerda.
Blotta acababa de conocer a Brushy One-String (nacido Andrew Chin), hijo de una familia de músicos que, a pesar de su difícil vida, tenía una capacidad aparentemente innata para inspirar y emocionar incluso a los oyentes ocasionales, incluidos los millones de personas que veían y compartían sus vídeos en YouTube.
En su primer álbum de estudio, Destiny, el veterano músico evoca la dulzura de cantantes de soul como Percy Sledge y Louis Armstrong, la garra y el ingenio de los bluesmen del Delta, todo ello mezclado con un pulso y un ingenio jamaicanos que demuestran que la música de la isla es mucho más que reggae. En «Grey in my Blue», el blues de corazón se combina con voces de estilo dancehall, mientras que baladas alegres y pegadizas como «Life is for Every Man» canalizan una intensidad emocional y una fe profunda.
«Si podemos cambiar las palabras y las melodías y recuperar el amor, podemos tener un equilibrio entre Dios y el hombre», reflexiona Brushy. «Eso es lo que necesitamos para unir al mundo».
Brushy One String
THYLACINE é o projeto do produtor e músico francês William Rezé. A palavra é a designação científica do lobo da tasmânia, uma espécie que se extinguiu há cerca de 70 anos. E tal facto oferece um vislumbre do maravilhoso mundo imaginado musicalmente por Rezé onde se identificam ecos de música
clássica do período romântico, de experimentações minimais dos grandes compositores do século XX e diferentes variantes do vasto universo da música eletrónica – do trip hop ao techno e daí à música ambiental.
Somando mais de meio milhão de ouvintes mensais no Spotify e acumulando quase 200 milhões de plays na mesma plataforma, THYLACINE não é, no entanto, um fenómeno obscuro, antes um criador de amplo alcance e ressonância que conquistou o mundo graças a uma música que tem tanto de imaginativo como de apelativo. 9 Pieces é o seu projeto mais recente, um
álbum composto por oito evocativas peças inspiradas em viagens, da paisagens geladas da Noruega às margens do Bósforo, música onde a eletrónica ou o som orgânico do saxofone e do piano que também toca se combinam de forma arrebatadora.

A maior produção musical de homenagem a Whitney Houston chega finalmente a Portugal. Uma super produção internacional que tem passado pelos palcos mais importantes de todo o mundo, apresenta-se agora ao vivo no Casino Estoril.
«Poucos dominam como Houston: Belinda Davids é uma delas»
Houston Chronicle
«A capacidade e agilidade vocal de Davids são incrivelmente semelhantes às de Houston»
GScene
«Sem esforço, com um desempenho soberbo e verdadeiramente profissional… cinco estrelas»
The Sussex Newspaper
Deixe-se surpreender pela impressionante voz de Belinda Davids que se notabilizou em programas como Britain’s Got Talent e Showtime at the Apollo, tendo-se ainda sagrado vencedora do programa da BBC Even Better Than the Real Thing.
Esta produção internacional de duas horas vai encher o público de alegria, nostalgia e admiração, levando-o numa viagem sentida através dos maiores êxitos de Whitney Houston, incluindo I Wanna Dance With Somebody, I Will Always Love You, Greatest Love of All, How Will I Know, One Moment in Time, I Have Nothing, Run to You, Didn’t We Almost Have It All, I’m Every Woman, Where Do Broken Hearts Go, Queen of the Night, Higher Love e muito mais.
Belinda Davids é acompanhada ao vivo por uma super banda e por um coro de suporte, numa produção com som e iluminação extremamente cuidados, o que faz deste espetáculo um tributo de grande beleza a uma das cantoras mais veneradas do mundo.
Este é um concerto especial a não perder.
©Foto: Rita Carmo
O compositor e pianista Francisco Sassetti apresenta o seu álbum de estreia em nome próprio com composições de sua autoria.
Este trabalho a solo marca uma nova etapa na sua vida, da qual a ligação ao piano já faz parte há 30 anos, mostrando-o também como compositor, abrindo as portas para um lado mais íntimo e secreto da sua personalidade.
“Na realidade», conta o músico, «a maioria dos temas já tem cerca de 10 anos. Depois da morte do meu irmão, em 2012, comecei a compor compulsivamente, quase como se quisesse continuar a obra dele, tão tragicamente deixada a meio. Era uma forma de lamento e, também, um espaço de paz e silêncio. Por outro lado, o exigente trabalho como concertista e professor (na Escola Superior de Música de Lisboa e na Orquestra Metropolitana entre outras instituições) não me deixava muito tempo para terminar as composições, o que, entretanto, consegui”, revela Francisco.
De facto, não foi só no seu íntimo que o desaparecimento do seu irmão Bernardo Sassetti deixou um enorme vazio. Esse sentimento de perda ajuda a explicar o lado contemplativo e cinemático das suas peças, muito líricas, que se desenvolvem numa trama que soa quase mágica e que é indubitavelmente plena de emoção. Temas como «dawn», «Home» ou «Goodbye» deixam transparecer o peso emocional que se enreda nas melodias que nos tocam no lado mais fundo. Triste, mas nunca sombria, introspetiva e nostálgica, esta música também vibra com vida e paixão e afirma o nome de Francisco Sassetti no entusiasmante panorama da cena neo-clássica.

Photo By: DanMedhurst
Se ouvirmos com atenção podemos escutar uma batida de hip-hop da velha guarda enredada em piano melódico, ou sentir a frieza do techno a passar à velocidade de um relâmpago. «Queríamos deixar para trás a adorável música romântica do piano», explica Sarp, cuja afinidade com a música de dança sempre foi uma influência no seu processo de escrita. Na música dos Grandfather está presente um certo humor e um renovado espírito de aventura conduzido por batidas eletrónicas e sons que encorajam o movimento. «Embora a música seja ansiosa e por vezes muito enérgica, e as batidas duras o estejam a empurrar para a frente, ainda queremos que cada canção mantenha um pouco de esperança no final. Algo com um final positivo», diz Sarp. «Apesar de toda a ansiedade e medo que sentimos durante todo o dia, vivendo num mundo muito incerto e para ser honesto, ainda há o desejo de progredir e superar todas as coisas que o fazem tremer», oferece a banda.
Sarp e Vogel conheceram-se há quase uma década enquanto estudavam engenharia de áudio e vídeo em Düsseldorf. Concebendo um projeto que se basearia nas capacidades pianísticas de Sarp e que ao mesmo tempo forneceria uma peça de piano para Vogel através de programação e aparelhos mecânicos feitos à medida. Foi assim a génese dos Grandfather. Um dos mais originais e aplaudidos projetos musicais do presente.
Penguin Cafe foi fundado por Arthur Jeffes em 2009, reunindo um grupo de músicos talentosos e díspares, inicialmente para interpretar o legado do seu pai Simon Jeffes de música PCO de renome mundial, dez anos após a sua morte prematura em 1997.
Arthur, um compositor talentoso por direito próprio, começou rapidamente a criar música nova e única que desafiava géneros, com a filosofia fascinante do Penguin Cafe sempre presente na sua mente.
Seguiram-se quatro novos álbuns de música original: A Matter of Life… em 2008, The Red Book em 2014 e The Imperfect Sea lançado pela Erased Tapes em 2017. No mesmo ano, Arthur prestou homenagem ao seu falecido pai, apresentando o disco seminal do PCO, Union Cafe, ao vivo para uma Union Chapel esgotada, coincidindo com a reedição do álbum em Erased Tapes.
Em 2018, os Penguins actuaram em Paris, Berlim e Londres, com um espetáculo especial de apoio ao Greenpeace no novo local EartH em Hackney, e em 2019 lançaram o último álbum da banda, «Handfuls of Night», em setembro, pela sua editora Erased Tapes. Em 2019, os Penguin Cafe fizeram uma extensa digressão pelo Reino Unido, que culminou com um concerto esgotado no Queen Elizabeth Hall, em Southbank.
Arthur também tem trabalhado com o Greenpeace e a Aardman Animations, compondo a banda sonora para um filme especial «Turtles Journey», lançado em janeiro de 2020 com grande aclamação, promovendo a campanha para «Proteger o Oceano». O seu trabalho com a Greenpeace continua.

Pocas voces resuenan con más profundidad y autenticidad que la de Lina. Siempre enamorada de la obra de Amália, Lina demostró ser una de las mejores intérpretes de su tiempo con el proyecto Lina_Raül Refree en el que su voz se cruzó con el arte del premiado productor catalán.
Este arte se ha ido perfeccionando a lo largo de los últimos años en su residencia en el Clube de Fado, refinando, en su hábitat natural, el dramatismo que exige el fado, pero con la inventiva que sólo los verdaderos artistas pueden lograr. Esta inventiva, en el caso del disco del que comparte la autoría con Raül Refree, le ha valido numerosas distinciones y nominaciones a premios de la prensa e instituciones internacionales: desde los Music Moves Europe Talent Awards, para los que fue nominada la obra Lina_Raul Refree, hasta la victoria en el Preis Der Deutschen Schallplattenkritik, el trofeo de la crítica musical alemana, pasando, entre otros muchos, por el COUP DE COEUR 2020 otorgado por el Prix de L’Académie Charles Cros. Estas distinciones se confirmaron también en escenarios de referencia internacional, en una extensa gira que sólo fue interrumpida por la pandemia, pero que aun así arrancó los aplausos del público de la Fondation Cartier, la Sala Mitsubishi Electric, los Festivales Eurosonic y La Mar de Músicas, y que ya tiene programados numerosos conciertos en eventos como el FMM Sines. Pero el trabajo de Lina va más allá: editó los discos Carolina, en 2014, y enCantado, en 2017, ambos demostraron que es una fadista con cuerpo y alma profunda. Preparando un nuevo capítulo en su extraordinaria carrera, Lina vuelve a los escenarios con todos esos fados que han marcado sus pasos y en los que su voz brilla como siempre.