Amélia Muge: Um gato é um gato

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Este concerto vem na continuidade do último trabalho de Amélia Muge que consta de um livro de poemas e de um CD a lançar no fim do corrente ano, princípio do próximo e ainda em fase de gravações.

Se o ponto de partida são os gatos e o que os mesmos representam nas nossas vidas, num momento em que parece que a comunicação entre os homens está tão difícil, quer o CD quer o concerto vão também incluir poemas de poetas (e são muitos) que falaram e falam da sua relação com estes animais.

Assim, não só teremos canções com letra e música desta cantora/compositora, como composições suas para a poesia de Fernando Pessoa, Manuel António Pina, José Jorge Letria, Eugénio Lisboa ou W.B.Yeats. Ary dos Santos foi musicado por António José Martins e Baudelaire por Michales Loukovikas. Hélia Correia fez uma composição original também musicada por Amélia Muge que também faz uma parceria com sua irmã, Teresa Muge.  O Dueto de Gatos de Rossini, abordado de uma forma muito original é também um dos compositores deste trabalho.

Outra característica importante é que, à semelhança do livro de poemas, o CD e o concerto são um espaço de convívio entre vários géneros literários e musicais e destina-se a um público que engloba crianças e adultos, pois alguns dos temas são dedicados aos mais pequenos.

Um quarteto de cordas e uma guitarra clássica são o grupo perfeito para esta   sonoridade evocativa destes felinos, seus glissandos e ron-rons, com alguns elementos eletrónicos que ajudam a desconstruir a sonoridade do género clássico acentuando paisagens sonoras, destaques repentinos ou situações de comicidade.

As ilustrações, feitas por Amélia Muge, como é costume noutros trabalhos, também serão utilizadas no concerto para uma animação específica que vai, por si só, ser o elemento visual determinante.

A leitura de alguns dos poemas do livro trará alguns momentos de passagem entre os vários temas o que dará à palavra poética uma oralidade influente na forma como ajuda ao relacionamento emocional que muitos de nós têm, inclusive, de uma forma profunda, com estes seres magníficos e misteriosos.

Num momento tão conturbado como este a nível planetário com influência sobre todos nós, há que não ceder à tristeza, ao naufrágio dos sentidos, das convicções e dos valores.

Um gato, pode ajudar-nos a chegar até uma ilha, qualquer coisa que nos permite sobreviver, fazendo dele, em nós, um símbolo de resistência e sobrevivência. Um ponto fixo, de onde intuímos, nem que seja por momentos, um novo mundo, uma ilha-ninho, palco desta nova proposta de Amélia Muge em concerto.

Detalhes da Digressão

Um quarteto de cordas e uma guitarra clássica são o grupo perfeito para esta   sonoridade evocativa destes felinos, seus glissandos e ron-rons, com alguns elementos eletrónicos que ajudam a desconstruir a sonoridade do género clássico acentuando paisagens sonoras, destaques repentinos ou situações de comicidade.

As ilustrações, feitas por Amélia Muge, como é costume noutros trabalhos, também serão utilizadas no concerto para uma animação específica que vai, por si só, ser o elemento visual determinante.

A leitura de alguns dos poemas do livro trará alguns momentos de passagem entre os vários temas o que dará à palavra poética uma oralidade influente na forma como ajuda ao relacionamento emocional que muitos de nós têm, inclusive, de uma forma profunda, com estes seres magníficos e misteriosos.

 

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