A enorme mistura de brasilidade do compositor, muita improvisação e total interação entre os músicos. Assim é  Espirais, álbum de Salomão Soares Trio  Nesse trabalho, o pianista está ao lado de Paulinho Vicente e sua bateria moderna e jazzística, e Felipe Brisola, com o contrabaixo criativo e firme. 

 As composições, todas de Salomão Soares, são inéditas, algumas em homenagens a artistas ou lugares, que inspiram a obra do pianista.  Luzes do Carmo é dedicada ao Egberto Gismonti, uma de suas maiores influências. Dalí homenageia o artista espanhol Salvador Dalí, cujas telas surrealistas encantam o músico. Espirais, que dá nome ao disco, é inspirada no quadro A noite estrelada do pintor holandês Van Gogh. Teleférico nasceu durante uma viagem em La Paz, na Bolívia. Meditação, Flutuar, Sonhos de Criança, Irôko, Vôo pra Minas e Tem Café no Bule completam o repertório.  

 A formação mais constante no jazz – piano, baixo e bateria – é para Salomão um ambiente que possibilita muitos caminhos. “É quando mais gosto de improvisar, e nesse projeto só de autorais, eu tentei levar o mínimo possível de arranjos pré-estabelecidos, para que os músicos tocassem, criassem livremente, trazendo a identidade de cada um para as músicas”, conta o pianista. E finaliza, “quando estou desenvolvendo um projeto em que terei outros instrumentistas, crio e escrevo pensando em cada um deles, como eles tocariam, e isso me inspira ainda mais.” 

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