Hania Rani

Hania Rani é uma jovem pianista, vocalista e compositora que conta, no entanto, com uma já muito considerável discografia lançada. Estreou-se na Gondwana Records de Matthew Halsall em 2019 e, desde então, lançou já 5 novos trabalhos nessa que se tem afirmado como uma das editoras-chave da nova cena jazz britânica, incluindo o novíssimo “Ghosts” em que conta com colaborações de peso de artistas como Patrick Watson, Ólafur Arnalds e Duncan Bellamy (Portico Quartet).

Este seu mais recente trabalho foi apresentado com “Hello”, uma composição que assinalou uma evolução no seu trabalho, com uma toada mais otimista e um eloquente som de piano elétrico Fender Rhodes envolto em sintetizadores apontavam para um caminho bem distinto dos terrenos da clássica contemporânea com que era mais frequentemente associada. Mas qualquer pessoa que tenha visto Rani ao vivo nos últimos dois anos pode testemunhar que a sua arte está em constante evolução e, tal como o título do álbum sugere, Rani passa repetida e graciosamente entre mundos musicais: como compositora, cantora, compositora e produtora.

“Ghosts” revela uma artista a encontrar a sua própria voz, a encontrar novas histórias para contar e talvez a partilhar a sua música pela primeira vez. Baseia-se nos seus álbuns anteriores, “Esja” e “Home”, e mostra-a a criar ao piano, teclados e sintetizadores, instrumentos que servem de base para da sua voz misteriosa e encantadora. O álbum tem algo de misterioso, como o título sugere, uma aura acentuada pelo trabalho do arranjador islandês e membro dos Hjaltalín, Viktor Orri Árnason (Jóhann Jóhannsson, Hildur Guðnadóttir, Hauschka). O som sofisticado é da responsabilidade do engenheiro de som Greg Freeman (Peter Gabriel, Goldfrapp, Portico Quartet). O disco, de acordo com a própria artista, é ainda assim caloroso, surgindo informado por atuações ao vivo reveladoras e exploratórias, como a transmissão em direto de 2022 a partir do prestigiado Les Invalides, em Paris, que obteve 3,7 milhões de visualizações até à data. “Adoro álbuns longos”, diz Rani, “e gostaria que as pessoas ouvissem este álbum como um concerto, porque foi concebido desta forma”.

Se a estreia de Rani, “Esja”, foi sobre a exploração do seu instrumento principal, e “Home” viu-a dar passos em direção a uma expressão mais completa da sua arte, “Ghosts” é onde ela une os seus variados interesses no que pode até ser considerado o seu primeiro álbum “real”. Baseando-se numa afeição por diversos artistas como Enya, The Smile, James Blake e Pink Floyd – para não mencionar a sua admiração pelos seus convidados – e evocando a delicadeza de Stina Nordenstam, o talento de Keith Jarrett, a arte de Kate Bush e as inclinações sondadoras dos Pink Floyd, combina a experiência musical de uma vida inteira num mundo miraculoso e cósmico. Para aplaudir ao vivo em Portugal.

SVEN HELBIG

Sven Helbig é um dos principais compositores de música clássica moderna.
O artista editado pela Deutsche Grammophon e vencedor de vários prémios Echo faz regularmente digressões pela Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia com os seus programas. Como multi-instrumentista, funde a técnica de composição clássica com música eletrónica subtil e experimental.
Sven Helbig também colabora há muito tempo com a banda alemã de metal industrial Rammstein e com os ícones pop britânicos Pet Shop Boys.
Entre os artistas e agrupamentos de renome que interpretam a sua música contam-se os BBC Singers, a Orquestra Contemporânea de Londres, a Filarmónica da BBC, a Orquestra Sinfónica Alemã de Berlim, o violoncelista Jan Vogler, o maestro Kristjan Järvi e a pianista Olga Scheps, entre outros. Sven Helbig é vencedor do Prémio de Arte da Cidade de Dresden e Mestre da Universidade Nacional (UNSAM) de Buenos Aires.
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“…linguagem da música clássica com uma sensibilidade pós-moderna e descontraída”.
The Times
“Helbig é um mestre em evocar um rico comboio de texturas, estados de espírito e emoções com um mínimo de notas”.

The Gramophone

Ólafur Arnalds

Ólafur Arnalds é, muito mais do que uma promessa, uma certeza absoluta da cena internacional que cruza uma abordagem moderna à música clássica, electrónica e pop num todo absolutamente harmonioso que entusiasma audiências internacionais. Entende-se assim a aplaudida colaboração ao vivo com Rodrigo Leão cuja carreira apresenta muitos pontos de contacto com a de Ólafur. Tal como o celebrado compositor português, Ólafur também tem um passado ligado ao rock. No seu caso particular ao Heavy Metal. Foi baterista nalguns projectos do género, mas o seu expressivo talento na área da electrónica levou-o a explorar outras paisagens sonoras. Fez digressões com os compatriotas Sigur Rós e foi trabalhando nos seus próprios discos construindo a pulso uma audiência internacional nos últimos anos. Esses crescentes aplausos valeram-lhe não só contrato com a multinacional Universal, que editou um dos seus últimos trabalhos, o premiado For Now I Am Winter, como alguns convites para trabalhar em Hollywood no domínio das bandas sonoras: assinou o score de Another Happy Day e tem composições incluídas no mega sucesso Hunger Games, o que diz muito do alcance da sua particularíssima visão musical. Ólafur Arnalds assinou igualmente a banda sonora da primeira temporada da série televisiva Broadchurch produzida pela sempre excelente BBC. Esse trabalho valeu-lhe um cobiçado BAFTA e o convite para repetir a dose na segunda temporada da série. É por tudo isso que a sua prestação ao vivo – mágica, intensa, misteriosa, mística – é totalmente imperdível.