Desde as primeiras pegadas no areal da música portuguesa, com o EP “Birds Among the Lines”, de 2010, que emmy Curl mostrou a singularidade do seu mundo, tão etéreo e delicado como aberto a desafios.
Na década que se seguiu, esta promessa cumpriu-se com as canções de “Origins”, um segundo EP lançado em 2012, e “Navia”, o álbum de estreia que chegaria três anos mais tarde, a bordo de uma caravela de inspiração lendária (Navia era a deusa dos rios e da água, na mitologia galaica e lusitana).
Em 2019, e já depois de brilhar no Festival da Canção com a intensa interpretação de ‘Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada’, uma composição de Júlio Resende, emmy Curl revelou o segundo álbum, “Øporto”. Colecção de histórias e memórias dos tempos em que viveu na Invicta, o disco funciona como “uma pintura impressionista” desse período de descoberta, alternando com elegância os mais belos momentos acústicos e as experiências eletrónicas. Destaque para ‘Dança da Lua e do Sol’, o melancólico dueto com Vicente Palma.
No começo de 2020, lançou um disco de raridades (“HomeWorks 15-19) e tem apostado forte na arte visual que acompanha e complementa a sua música, espelhando a sua liberdade. Em ano de afastamento forçado dos palcos, recorreu ainda à tecnologia para chegar aos fãs, através de concertos transmitidos online e de conversas descontraídas.