Volker Bertelmann responde pelo nome de Hauschka, uma identidade com que se tem afirmado como uma dos mais entusiasmantes pianistas contemporâneos através da sua abordagem a um tempo profundamente emocional e também intransigentemente experimental ao instrumento. A inspiração, afirma o próprio, vem de uma longa linhagem de criadores singulares, de John Cage a Aphex Twin. E isso resulta não só em trabalhos que recolhem os mais sentidos elogios e aplausos, como o recente Abandoned City, mas também, e talvez sobretudo, em concertos intensos onde Hauschka leva ao limite as possibilidades tímbricas e texturais do seu instrumento. Trata-se, obviamente, de um concerto absolutamente imperdível. |