Lina_ Raül Refree
Cuidei que tinha morrido
É hoje internacionalmente apresentado o primeiro vídeo de antecipação do álbum que resulta do inédito encontro entre a cantora portuguesa Lina e o produtor catalão Raül Refree, “Cuidei Que Tinha Morrido”. O encontro pode parecer improvável, mas, na verdade, reflete o mundo em que vivemos, com fronteiras menos pronunciadas e linhas de comunicação mais abertas do que nunca.
E hoje Lina é artista de corpo inteiro, de formação clássica, mas atraída para o fado, género que aprimorou em noites de entrega absoluta no Clube de Fado, tornando-se assim conhecedora dos grandes clássicos desta cultura descoberta em sessões com os melhores músicos. E Raul Refree, um dos produtores mais inovadores da cena musical europeia, responsável pelo primeiro álbum do fenómeno internacional de Rosalia, uma voz que reinventou o flamenco. Raul, que também trabalha com gigantes indie como Lee Ranaldo, partilha com Lina a assinatura do álbum a ser editado internacionalmente em janeiro próximo pela conceituada Glitterbeat, selo de referência no domínio da world music. Essa partilha é consequência do arrebatamento que sentiu logo da primeira vez ao ouvir Lina cantar, adivinhando na sua voz a mesma profundidade das grandes intérpretes com quem tem assinado trabalhos louvados pela crítica internacional.
Refree conheceu Lina em Lisboa, no ambiente tradicional da casa de fados, mas a sua visão para um álbum em que a experiente voz da cantora encontra o incrível reportório de Amália, símbolo maior do fado de que se celebra o centenário do nascimento em 2020, é diferente de tudo o que já se ouviu. Recorrendo a um arsenal de teclados clássicos analógicos, dos Moogs aos Arps, dos Oberheims aos Fender Rhodes, Raul Refree vestiu a voz de Lina com um diferente tecido sonoro, entregando-nos os clássicos de Amália sob uma diferente e profundamente original luz.
A magia não aconteceu apenas em estúdio. A dupla estreou-se em Cartagena no festival La Mar de Músicas perante arrebatados aplausos do público e da crítica com um espetáculo pensado ao pormenor, encenado por António Pires, com luz desenhada para sublinhar todo o drama nele contido. Depois de várias outras apresentações no estrangeiro, a dupla prepara-se finalmente para a estreia portuguesa que acontecerá em novembro, no Misty Fest.
Tudo isto será antecipado pelo single e pelo vídeo de “Cuidei Que Tinha Morrido”, uma absolutamente arrepiante interpretação de uma fadista que aprendeu os clássicos na casa de fados, mas que aqui se adivinha em território novo, inexplorado, levando a sua voz de encontro ao grão analógico dos teclados que ousam um cenário diferente para uma música que conhecemos muito bem. O vídeo tem hoje a sua estreia mundial.
Próximos concertos:
30 outubro 2019 – BIME (Bilbao, ES)
22 novembro 2019 – Misty Fest, Teatro São Luiz (Lisboa, PT)
23 novembro 2019 – Misty Fest, CCC (Caldas da Rainha, PT)
24 novembro 2019 – Misty Fest (Coimbra, PT)
27 novembro 2019 – Misty Fest, Theatro Circo (Braga, PT)
16 janeiro 2020 – Eurosonic, Der Aa-Kerk (Groningen, NL)