Apresentação no proximo dia 27 de Fevereiro, no B.Leza em Lisboa.
Olavo Bilac prepara um novo capítulo na sua aplaudida carreira. Dono de uma das vozes mais queridas pelo grande público em Portugal, Olavo possui um currículo rico que, além dos Santos & Pecadores, se encontra ainda ligado a projectos como Resistência, um dos grandes marcos dos anos 90 em Portugal que muito recentemente voltaram a assinar alguns triunfais concertos que marcaram o reencontro de grandes multidões com alguma das melhores canções que a pop gerou no nosso país. E Olavo Bilac estava lá, em cima do palco, ao lado dos seus companheiros de aventura. Com 2014 à porta, o cantor sente ser tempo de partir para outras paragens. Em conversa, Olavo Bilac refere estar apaixonado por uma ideia: «músicas do meu mundo».
Esse seu novo mundo será apresentado a 27 de Fevereiro com um concerto no B. Leza, em Lisboa, concerto esse que deverá servir de rampa de lançamento para um novo álbum. É o próprio Olavo que aponta as coordenadas para essa viagem: «Cabo Verde, Angola, Brasil, Portugal – o Atlântico e a Lusofonia são ideias, sons, rotas que eu quero explorar», confessa. Para esse caminho já há ideias precisas e preciosas: um standard como «Trem das Onze», que toda a gente cantou, de Gal Costa aos Duo Ouro Negro, e que Olavo agora quer reclamar, bem como criações de gente tão estimadas quanto Dorival Caymmi, Paulo Flores, Waldemar Bastos, Zeca Afonso, Rui Veloso ou os Heróis do Mar, além de uma ou outra incursão pelo património tradicional de alguns cancioneiros, como o de Cabo Verde. O álbum que há-de chegar, Olavo pretende que tenha alguns desses clássicos lusófonos, mas também criações originais que deverão ser assinadas por ilustres compositores e letristas como Amélia Muge, Márcia, Valter Lobo ou Paulo Flores.
«O plano», avança ainda Olavo Bilac, «é poder misturar tudo, trazer alguma mestiçagem para a música, pegar num tema como “O meu primeiro beijo” de Rui Veloso e dar-lhe um tom de morna. A verdade é que me tem estado a dar um enorme gozo explorar esta nova linguagem musical. Sinto isto como um passo natural», sublinha o cantor. Em palco, o samba e a bossa, a morna e o semba, o fado e a balada serão cruzados e reinventados por músicos experientes, com balanço e rigor. E por cima, uma voz rouca e singular, que o público aprendeu a aplaudir há muito, reconhecendo-lhe uma alma única e plena de força. Este também é o mundo de Olavo Bilac: é por aí que ele nos guia, com canções, cores, aromas, muito Atlântico e paixão.