Maria João_Revolution

O nome de Maria João está indelevelmente ligado à história do jazz nacional. Há exatamente 40 anos, em 1983, a sua estreia na Orfeu com o homónimo registo do Quinteto Maria João marcava o início de um singular trajeto que a afirmou como uma das figuras de proa da cena musical nacional, estatuto que ainda hoje mantém graças a uma permanente capacidade de reinvenção e a uma incessante procura por novos e estimulantes caminhos artísticos. Pode mesmo dizer-se que a obra de Maria João, artista total, resulta de um estado de permanente revolução, uma manifestação de liberdade que a levou das mais fundas tradições acústicas aos presentes e futuros eletrónicos com a mesma desenvoltura.

Nestas intensas 4 décadas de caminhada, Maria João nunca descansou e desafiou-se em permanência: dirigiu o seu próprio quinteto, militou no coletivo Ogre, estabeleceu longas parcerias com músicos como o pianista Mário Laginha ou o contrabaixista Carlos Bica – com quem, aliás, acaba de lançar novo trabalho -, e gravou ainda abundantemente com artistas internacionais como a pianista japonesa Aki Takase, Joe Zawinul e Trilok Gurtu e nacionais como os já mencionados Carlos Bica e Mário Laginha, ou Laurent Filipe, António Pinho Vargas, Jorge Palma, José Peixoto, Julio Pereira e tantos outros.

O novo capítulo dessa história sempre em aberto é o Maria João Revolution, uma forma agregadora da artista se mostrar plural, encaixando os seus diferentes interesses numa nova visão que pode partir do jazz e chegar à eletrónica numa só canção, reduzir o cenário para a sua voz às notas de um piano ou procurar inovadoras soluções para a sua ultra versátil voz. Em disco, a Maria João Revolution vai tocar nas múltiplas estéticas que a cantora sempre abraçou, com novo reportório que promete surpreender.

 Mas será no palco que a Maria João começará por se mostrar, com uma flexível formação capaz de se adaptar a diferentes espaços e contextos, mas sempre com o mais inventivo espírito de aventura a guiar-lhe a criativa abordagem a alguns dos mais significativos momentos da sua celebrada carreira. Um espectáculo para conquistar novos públicos e agradar aos fãs de sempre.

Com uma longa história feita a pisar palcos de prestígio nos cinco continentes e a receber múltiplas distinções por parte da imprensa e da indústria internacionais sendo-lhe sempre reconhecida a versatilidade, originalidade e inventividade musical, valores que carrega consigo para cada novo capítulo da sua carreira, Maria João continua a olhar em frente. E quatro décadas depois de ter começado a documentar em disco a sua desmedida paixão pela música, Maria João continua em busca de novos desafios que lhe permitam continuar a dar plena voz à imaginação. Um caso absolutamente único.

Maria João Shakespeare

“Songs for Shakespeare” funde o génio de um dos mais acarinhados poetas com um estilo electrónico carismático e inovador. Para ilustrar este novo mundo sónico, complementou-se a formação base de pianos eléctricos, sintetizadores, electrónica e bateria para incluir um ensemble de câmara de nove músicos, arranjados e conduzidos pela compositora Sara Ross. Isto permite uma paleta de cores até agora impossível, vitalizando este universo shakespeariano um twist moderno.

Maria de Medeiros & The Legendary Tigerman – 24 Mila Baci – 2021 Tour Portugal

 

24 Mila Baci – O Projeto

Cinema é música, não achas?
E música é cinema. Quando eu era criança,o meu pai contava histórias sobre sinfonias.
Enquanto a música majestosa se expandia, vinham imagens e mais imagens. O arrepio e a emoção na garganta.
Como vês a música, tu?
Ouço o silêncio. Sim, há música no silêncio.
A música das esferas diz William Shakespeare. O estrondo do universo, diz a Nasa.
The universe rocks and rolls.
E o que vês agora? Vejo a imagem gráfica, a preto e branco, o fumo do cigarro na boquilha da Marlene Dietrich. Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt.
Canta, da cabeça aos pés, e desliza o seu olhar pelo mundo.
É isso, olhar para o mundo. Um mundo triste e bonito.
Uma mulher sozinha na noite, It’s a sad and beautiful world.
E iluminando tudo, a noite e o tempo, surge uma voz italiana, cheia de alegria.
24 Mila Baci! Sempre adorei essa canção. Agora, são como 24 mil beijos mandados da distância. Um adeus longínquo.
Como Fernando Pessoa quando se despede da infância. E lembra o tempo em que se festejava o seu aniversário.
E há outra melodia. Tenho uma história curiosa com ela. Detestava-a. Era a melodia dos pátios. Em todo o pátio, havia uma voz arrastada que cantarolava essa música. Sempre a mesma, insidiosa. Mas depois fui crescendo, e sabes aqueles alimentos que odiamos quando somos crianças e depois se transformam em iguarias? É isso: a trilha do Padrinho.
Nino Rota, claro, mais que persistente, imortal.
E as tuas trilhas. Fizeste tantas trilhas para o cinema. Fizeste tantos filmes. É inseparável.
É uma espécie de fado. Sim, diz que é fado.

Mísia – Animal Sentimental

Animal Sentimental – O Projecto

Os sentimentos, essa inefável matéria que inspira poetas e artistas de tantas outras áreas, são tesouros que não pesam senão na alma. Mísia sabe bem disso. Esta artista mulher, fadista sonhadora, cantora atriz, contadora de histórias suas e alheias, é a primeira a admitir que é um animal sentimental. A expressão serve de título a um novo álbum, novo capítulo de uma carreira que se estende por três décadas e que tem amplo reconhecimento internacional.

Esse aplaudido percurso leva-a agora até um novo e ambicioso projeto guiado por si própria e por Wolf-Dieter Karwatky, premiado produtor e engenheiro com 50 anos de carreira que tem trabalhado com alguns dos maiores nomes da música clássica, colecionado Grammys e somado projetos de sucesso carimbados pela Deutsche Grammophon.

Em Lisboa, Karwatky gravou com Mísia e uma série de experimentados músicos nos históricos estúdios Namouche, incluindo o pianista Ricardo Dias, que assumiu a direção musical e os arranjos. No projeto participaram ainda o pianista Fabrizio Romano, os guitarristas Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Bruno Costa (guitarra de Coimbra), Bernardo Viana (viola de fado), Luís Ferreirinha (viola) e ainda o baixista Daniel Pinto. São eles que se escutam num cuidado alinhamento que cruza novos arranjos para temas a que Mísia já tinha dado voz no passado, mas também algumas surpresas: Qué He Sacado Con Quererte” de Violeta Parra será uma delas, tal como “De Alguna Manera”, tema em castelhano com letra e música de Luis Eduardo Aute que Mísia já tinha interpretado, mas que aqui ganha nova vida. “Fico a Cismar”, um original de Rodrigo Leão, também cabe nessa entusiasmante categoria das surpresas que nos mantêm agarrados à voz de Mísia.

E depois há as palavras, eleitas com o cuidado de quem procura nos poetas esses tradutores dos mais fundos sentimentos. Aqui cantam-se Tiago Torres da Silva e Fernando Pessoa, Mário Cláudio e Natália Correia, Vasco Graça Moura e Lídia Jorge, gigantes das nossas letras, todos eles.

A cada uma das peças, Mísia entrega-se sem reservas, tomando cada canção um espelho que reflete esses tais sentimentos que a carregam e que ela mesmo carrega, denotando uma inteligência interpretativa singular, refinada por uma séria postura artística que sempre a diferenciou. Na capa, esse lado singular, captado pela pintora francesa Anne-Sophie Tschiegg, porque só uma artista consegue mostrar o rosto verdadeiro de outra artista.

Este disco faz parte de um ambicioso tríptico: além de Animal Sentimental, Mísia transpôs as suas histórias e vivências para um livro feito de episódios poéticos e momentos cómicos e sentimentais, de pequenas tragédias de um caminho longo de vida que recua às memórias de infância e que, a partir de 1991, começou a ser fixado em discos de crescente sucesso e ambição artística; e ainda o concerto, a oportunidade para levar tudo isso – as histórias e as canções, os sentimentos, pois claro, para cima de um palco, afinal de contas, o habitat natural de qualquer animal sentimental.

 

 

Mísia_poetas

No longo caminho que o Fado tem vindo a percorrer em direcção à modernidade, Mísia é um marco incontornável. Depois da figura tutelar de Amália e antes do presente de novas posturas e vozes, Mísia ofereceu uma perspectiva diferenciada sobre esta cultura que nunca deixou de respeitar e de explorar durante 25 anos.
A fadista apresentará agora um novo espectáculo, agarrando no rico repertório de Fado tradicional e adornando-o com poemas escritos para a sua voz por alguns dos mais importantes poetas e escritores contemporâneos como Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura, Lídia Jorge, Hélia Correia, Mário Cláudio, José Luís Peixoto, Paulo José Miranda ou José Saramago. Autores de excepção que viram na voz de Mísia um veículo ideal para os sentimentos contidos nos seus textos.

Nancy Vieira_Gente

A voz de Nancy Vieira já se fez ouvir em praticamente todos os continentes e em cada recanto do mundo em que tal aconteceu uma coisa sucedeu invariavelmente: as pessoas quedam-se em reverente silêncio de cada vez que a sua voz límpida e directa nos fala das histórias, dos sonhos e anseios, das dores e alegrias das gentes das ilhas de Cabo Verde. É que na voz de Nancy cabem um país e o mundo que a diáspora foi abrindo.

GENTE, o seu novo álbum, sucede a Manhã Florida, trabalho que já data de 2018, e traduz uma assinalável ambição artística. Desde logo porque se trata de uma obra concebida com vagar, pensada, discutida e meticulosamente planeada. E o título, na verdade, já revela tudo o que importa saber: trata-se de um trabalho de encontros, de histórias, de ideias, de balanços, mas, sobretudo, de pessoas.

Com produção repartida entre Amélia Muge, A, José Martins e a própria Nancy Vieira, GENTE foi gravado em Lisboa entre o histórico estúdio Namouche e o CervantesEstúdio de Jorge Cervantes, músico peruano que toca no álbum além de assegurar alguns dos arranjos. Esse mundo que Nancy Vieira tão bem conhece por já lhe ter percorrido os palcos entra também neste álbum: Lisboa, cidade em que Nancy estudou e há muito reside, marca farta presença – é afinal de conta a base de trabalho da equipa de produtores e de vários dos músicos, como o percussionista Iuri Oliveira, sofisticada força motriz de tanta grande música que tem sido lançada nos últimos anos entre nós; Mário Lúcio e Vaiss Dias são tesouros vivos da música de Cabo Verde que aqui tocam instrumentos de cordas, incluindo o baixo; do País Basco chega Olmo Marin, que também é mestre em cordofones; do Brasil são o acordeonista Luciano Maia e Gustavo Nunes; e da Ucrânia veio o violinista Denys Stetsenko. Um mundo de muita GENTE, de facto.

A música que se escuta em GENTE tem também autorias vincadas: o conceituado Mário Lúcio assina quatro temas, mas há canções nascidas das penas de Remna Schwarz, de Luís Firmino dos Acácia Maior, do grande e histórico B.Leza, de Ano Nobo, José M. Neves e Kaku Alves, de Adalberto S. Betú. Alexandre Lenos com Fred Martins, Luís Lima e Vaiss, Teofilo Chantre e, claro, Amélia Muge. Ou seja, temas que vêm da funda tradição e da memória feita em Cabo Verde, mas que também surgem de cabeças de gentes de outras gerações e países e que são firmadas por uma nova geração que projecta já no futuro a alma destas ilhas.

Os arranjos, carregados de subtilezas, ricos de balanços e harmonias, traduzem visões de Jorge Cervantes, dos Acácia Maior de Luís Firmino e Henrique Silva, nomes fundamentais da nova geração de Cabo Verde, dos lisboetas Fogo Fogo que têm erguido bem alto a bandeira do novo funaná ou do experiente Mário Lúcio. E há também outros convidados que espelham essa multiplicidade de experiências e de cruzamentos na vida de Nancy: António Zambujo que junta a sua voz à de Nancy no belíssimo “Fado Criolo”, tema em que também se escutam a cadência falada de Chullage e a guitarra acústica de Fred Martins, ou Miroca Paris que pinta com percussões “Dia Funçon”.

São muitas as gentes deste GENTE, um álbum que evita o caminho fácil dos toques de “modernidade” dados por via tecnológica e que prefere no seu aparente tradicionalismo formal promover a magia particular que só acontece quando pessoas de diferentes caminhos da vida se encontram num mesmo espaço para partilharem, tocarem e cantarem as suas diferentes histórias. Há muito de Cabo Verde neste disco, ou não tivesse Nancy tantas vezes sido apontada como herdeira de Cesária Évora, uma das suas mais fortes musas. Mas, em GENTE encontra-se também aquele mundo que só existe nas ruas de Lisboa e onde se escutam as nuances do Brasil, ecos de tantas outras Áfricas e de muitas Europas e Américas. Há morna e samba, fado e batuque, sofisticação com tons de jazz e aventura de espírito pop. Há GENTE. Há vida. Este é um álbum feito agora a pensar no amanhã. Ontem só importa porque foi o que nos trouxe a todos aqui. A este disco e a esta música.

Nancy Vieira Convida Fred Martins – 2022 Tour Portugal

nancy vieira Convida fred martins – O projeto

O balanço das águas, que viaja nas ondas, facilmente atravessa o oceano e vai do Brasil até Cabo Verde e vice-versa. Nancy Vieira e Fred Martins sabem bem disso. A primeira é um autêntico tesouro vivo das ilhas que nos deram a morna e o funaná, a coladera e tanto mais, voz de um crioulo tão universal quanto doce, tão sensual quanto moderno, que gravou nos últimos anos alguns dos mais importantes discos da cultura que a Unesco agora reconhece como Património Imaterial da Humanidade, casos de Manhã Florida ou No Amá. E Fred Martins é outro tesouro, este do lado de lá do oceano, compositor, violonista premiado, aplaudido por público e crítica, respeitado pelos seus pares.

Juntos, Nancy e Fred começaram por gravar, nesta Lisboa que a tantos une, “O Samba Me Diz”, unidos pelo produtor Paulo Borges. Foi essa a canção que também interpretaram juntos num especial televisivo, A Música é Meu País, que a RTP 1 exibiu recentemente. E nesse balanço doce do samba em que Nancy e Fred se encontraram nasceu uma cumplicidade que agora se prepara para se traduzir em concerto, um dueto íntimo de dois talentos gigantes que pegam na bossa e em ritmos de cabo Verde e dão-lhes novas nuances, novos sotaques, novas doçuras. Música de qualidade extrema, de sinceridade total, capaz de agarrar corpos e corações, executada por dois artistas que são tão genuínos quanto universais. Não podia ser melhor.

Os poetas -o homem

É natural que a voz de Mário Cesariny nos toque de forma intensa. O poeta ressoava como ninguém, dando às palavras a sua voz funda, plena de humanidade, de desencanto, quando tinha de ser, e de estranheza também, ele que escrevia como pintava, sempre em busca do mistério que nem nas entrelinhas se desvendava.

Os Poetas – Rodrigo Leão e Gabriel Gomes, que aqui contam ainda com a voz de Miguel Borges e com o fantasma de Cesariny que vive eterno nas gravações – reencontram neste projecto essa poesia sempre nova do homem surreal que escreveu como pintou e que pintou como escreveu.

Neste centenário do nascimento do poeta pintor, Gabriel Gomes no acordeão e Rodrigo Leão nos sintetizadores pintam também eles novos quadros sonoros para as palavras de Mário Cesariny, numa vénia que é agitação, que é demanda de novos sentidos porque a língua continua a desenrolar-se, a moldar-nos. O Homem em Eclipse é portanto uma celebração, com a matéria poética de Cesariny no centro, e a música e a voz de Miguel Borges a tomarem essa matéria como ponto de partida para uma fascinante viagem. Uma viagem para que os ouvintes são também convocados e onde todos podemos tentar encontrar-nos. Talvez nos intervalos daqueles sentidos que permanecem.

Sétima legião

A Sétima Legião vai regressar aos palcos, 40 anos depois do arranque da sua particular história que é, justamente, uma das mais celebradas do pop rock nacional. Estes espetáculos servem também para homenagear Ricardo Camacho, produtor e teclista do grupo desaparecido em 2018.

Neste regresso, a Sétima Legião de Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas), Nuno Cruz (bateria, percussão), Gabriel Gomes (acordeão), Paulo Tato Marinho (gaita de foles, flautas), Paulo Abelho (percussão, samplers) e Francisco Menezes (letras, coros) acolhe também João Eleutério, experimentado músico que tem corrido mundo como parte da banda de Rodrigo Leão e que agora assegurará os teclados.

Foi em 1982 que a Sétima Legião surgiu no então agitadíssimo panorama musical português, apresentando uma visão singular da música sintonizada com as experiências mais avançadas da pop alternativa da época, mas sem esquecer a identidade portuguesa. A banda deixou uma marca vincada na produção musical nacional dos anos 80 e 90. Com estes concertos de aniversário, a Sétima legião pretende revisitar os seus mais aplaudidos clássicos e dar nova vida a temas como «Sete Mares» ou «Por Quem Não Esqueci», sucessos de grande impacto que ainda hoje têm lugar garantido na programação de muitas rádios. De assinalar que da Sétima Legião saíram músicos que se envolveram em projetos ímpares da música portuguesa como os Madredeus, Gaiteiros de Lisboa ou Cindy Kat, prova de que aí se ensaiaram importantes ideias que geraram fértil descendência.

 

Rodrigo Leão – Piano Para piano

Piano Para Piano – O Projeto

Rodrigo Leão é o primeiro a dizer que não é pianista, mas a verdade é que o piano tem surgido na sua obra como um complemento dos sintetizadores que já usou bastas vezes para escrever memoráveis melodias e pensar nos envolventes arranjos a que foi dando corpo com os ensembles que criou. Agora, o notável compositor português prepara-se para nova aventura: Piano Para Piano é um projecto que nasceu depois de uma encomenda do Festival de Piano em Vila Nova de Cerveira, desafio que o levou a compor duas novas peças que são também o princípio de um novo caminho.
“Acho interessante”, revela Rodrigo, “que eu que não tenho qualquer formação como pianista possa estabelecer um diálogo com quem estudou e estuda seriamente o instrumento”. Nesse primeiro momento no evento minhoto a sua interlocutora foi Rosa, sua filha, que conta 19 anos. Mas os outros filhos de Rodrigo, António, de 21, e Sofia, de 16, poderão igualmente juntar-se neste projecto em que Rodrigo escreve peças elaboradas que são entregues às experientes mãos de quem há anos estuda piano. “Vai ser interessante escutar estas peças como as ouço na minha imaginação. A imaginação não tem os mesmos limites que as minhas mãos”, explica Rodrigo. “Pode ir tão longe quanto a criatividade ditar”. Piano Para Piano é por isso mesmo uma viagem ao maravilhoso desconhecido com assinatura de um dos mais celebrados compositores portugueses.