Valter Hugo Mãe, vencedor do Prémio Literário José Saramago em 2007, escreveu no passado domingo na sua coluna semanal do jornal Público um texto de elogio à banda Os Poetas.
Volvidos dezasseis anos sobre a data da sua formação inicial, o projecto de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes está de regresso, contando com as presenças de Miguel Borges, Sandra Martins e Viviena Tupikova e a reedição do único álbum da banda, Entre Nós e as Palavras (1997). A propósito desta reunião, o escritor destaca um dos concertos que irão ocorrer no próximo mês de Março, mais concretamente, o do Porto – a 3 de Março na Casa da Música – para o qual, nas suas palavras, já pousou o CD à frente da aparelhagem e preparou o coração. Os espectáculos seguirão o modelo de actuação ao vivo, já mostrado no Cinema São Jorge em 2012, onde foi bem notória a adesão e a proximidade calorosa do público num concerto que se adivinhará intenso e mágico – uma simbiose perfeita de paisagens poéticas feitas de palavras e musicais feitas de sons. Citando Valter Hugo Mãe não se esperam desilusões, mas ao invés, o recomeço de algo que não se fique por aqui. Precisamos de uma lei, apenas afectiva mas muito efectiva, que os obrigue a compor de novo, a gravar e a permitir que quem esfaima pelos sonhos se banqueteie, uma e outra vez, com o melhoríssimo que a cultura portuguesa soube fazer.
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