LINA_ & Marco Mezquida: O fado

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“O piano do Marco faz-me flutuar.” LINA_
“A LINA_ tem uma voz que me canta por dentro.” Marco Mezquida

Assim nasce este álbum: de um encontro improvável e inevitável entre duas linguagens artísticas, dois mundos e duas sensibilidades que, juntas, desenham uma nova forma de dizer fado. Depois do EP homónimo, lançado em março, que assinalou o início desta colaboração singular, a mulitpremiada LINA_ e o pianista e compositor Marco Mezquida apresentam agora o álbum completo O Fado – editado a 26 de setembro pela Galileo Music -, um percurso mais profundo por essa geografia emocional onde tradição e invenção se abraçam de forma íntima. São 12 temas – entre originais, revisitações e descobertas – onde o fado se escuta em novas formas, ritmos e silêncios profundos.
Uma voz que vibra entre a tradição e a vanguarda, complementada por um piano que não acompanha, mas dialoga. O resultado é um espetáculo memorável.
A origem de uma colaboração magnífica
O encontro entre LINA_ e o pianista espanhol Marco Mezquida foi natural, resultado de uma profunda admiração mútua. Ambos os artistas entendem que estes encontros dão origem a algo que supera a soma das partes, algo que, em modo solitário, nenhum seria capaz de alcançar.
“O Marco trouxe uma grande leveza à minha música. O piano é um instrumento que sempre me acompanhou, mas nele há algo de diferente — é como se fosse uma extensão do seu corpo. E a forma como ele o aborda faz-me flutuar. Sinto-me livre e profundamente escutada.”, refere LINA_.
“Sempre quis ser cantor”, afirma Marco. “Canto com o piano. A LINA_ tem uma voz que me toca profundamente, uma voz que vem do chão, que carrega verdade. Trabalhar com ela é como estar em palco com uma artista que é também um instrumento poético — generosa, vibrante e intensa. Cantar com ela, mesmo que sem palavras, é um privilégio raro.”
A voz de LINA_, que tem sido alvo de muitos elogios na imprensa nacional e internacional, é de facto um instrumento rico por si só, que ganha com estes diálogos próximos com outros instrumentos de personalidades vincadas. E que, como bem sabe quem já a viu e ouviu em palco, gosta de voar.
A paixão que Mezquida admite sentir pela voz de LINA_ é retribuída pela fadista, que não poupa elogios ao lirismo que o seu companheiro expõe de forma tão clara nesta nova aventura.

Sobre o LP O Fado
O Fado reúne composições de LINA_, que assim afirma mais um lado da sua versátil personalidade artística, poemas de Florbela Espanca e Miguel Torga, mas também de Álvaro Duarte Simões, Vitorino Salomé, Sueli Costa ou Luís de Andrade. Entre os temas que traduzem este presente e um novo sentir encontra-se, por exemplo, “Não é Fácil o Amor”, um sentido poema de Luís de Andrade com música de João Vieira (um pseudónimo de Janita Salomé) que encontra na voz de LINA_ uma ressonância emocional profunda e arrebatadora. Há, como não podia deixar de ser, clássicos revisitados como “Fado da Defesa”, um verdadeiro clássico que ganhou imortalidade numa histórica interpretação de Maria Teresa de Noronha e em que LINA_ descobre agora, no surpreendente arranjo de Marco Mezquida, uma nova luz. Há mais clássicos sem tempo neste registo, como “Senhora do Almortão” e até “Lisboa dos Manjericos”, uma marcha na versão original a que Amália Rodrigues deu voz. No alinhamento há ainda espaço para incursões pela canção em castelhano, como “No volveré” ou “El Rosario de mi Madre”, mostrando que o fado é, afinal, uma emoção universal que ultrapassa a língua de Camões e vai tão longe quanto a vontade dos artistas ditar.
Neste álbum, o piano e a voz não competem — escutam-se mutuamente, desenham cumplicidades. Procuram-se e complementam-se. E, no final, criam um lugar onde o fado respira com outras cores, outras palavras, outras pausas. Um lugar que só podia existir a partir deste encontro tão singular como singulares são os seus protagonistas.
Este projeto ganhará nova vida em palco, numa digressão internacional muito aguardada.

Sobre LINA_
Poucas vozes ressoam mais fundas e autênticas do que a de LINA_. Depois de ter começado a cantar aos 10 anos no Círculo Portuense de Ópera e ter estudado no Conservatório, apaixonou-se pelas casas de fado, que nunca abandonou. Ainda sob o nome artístico de Carolina, gravou os álbuns “Carolina” e “EnCantado”, editados pela Sony Music.
Apaixonada desde sempre pela obra de Amália, LINA_ provou mais uma vez o porquê de ser uma das melhores interpretes da atualidade no projeto Lina_Raül Refree (mereceu inúmeras distinções e nomeações para prémios por parte da imprensa e de instituições internacionais, além de uma extensa digressão) em que a sua voz se cruzou com a arte do premiado produtor catalão. Essa arte tem vindo a ser refinada ao longo dos últimos anos na sua residência no Clube de Fado, apurando, no seu “habitat” natural, o drama que o fado exige, mas com a inventividade que só os verdadeiros artistas conseguem.
Vieram depois os tempos de crescimento musical e de expansão de horizontes. Camões surgiu no seu caminho, e nasceu Fado Camões, um álbum com uma sonoridade renovada, onde o centro é ainda e sempre a sua expressividade vocal, sensorial, latejante, cheia de vida para nos tocar. Editado a 19 de janeiro de 2024 pela Galileo Music, o álbum foi aclamado pela crítica nacional e internacional, tendo atingido o nr #1 dos prestigiados Tops europeus de World Music – World Music Charts Europe (março de 2024), Transglobal World Music Charts Worldwide (abril de 2024), “Top of the World Tracks” da revista britânica Songlines Magazine, e ainda a distinção de Melhor Álbum na categoria Música do Mundo pela Associação Alemã de Críticos de Música. Além disso, este trabalho possui a Chancela de Manifesto Interesse Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura.
Já este ano, a multipremiada artista colaborou com Jules Maxwell (compositor e teclista dos Dead Can Dance) e o resultado foi o álbum Terra Mãe, editado a 27 de junho pela Atlantic Curve | Schubert Music Europe, que celebra as ligações poéticas entre Portugal e a Irlanda. A proposta criativa de LINA_ e do compositor irlandês visa suceder Burn, álbum de Lisa Gerrard e Jules Maxwell, editado em 2021.

Sobre Marco Mezquida
Nascido em Menorca, em 1987, é reconhecido como um dos talentos mais promissores da cena musical ibérica das últimas décadas. Graduado pela ESMUC em Barcelona, o compositor e pianista acumulou prémios como Músico do Ano pela Associação de Músicos de Jazz e Modernos da Catalunha, e o Prémio Cidade de Barcelona por No Hay Dos Sin Tres. Atuou em grandes auditórios e emblemáticos clubes de jazz de todo o mundo, apresentando os seus projetos em mais de 30 países da Europa, América do Norte e do Sul, Ásia e Norte de África.
O seu trabalho inclui a gravação de 20 álbuns, como líder, e 40 como colaborador, destacando-se pela sua versatilidade e capacidade de improvisação. Destaque para os projetos Chicuelo & Marco Mezquida, Marco Mezquida & Los sueños de Ravel, MAP (Mezquida-Aurignac-Prats), o trio Pieris (Mezquida-Bodilsen-Andersen) e os duetos com Silvia Pérez Cruz, Celeste Alías, D. Alfonso Vilallonga, Sol Picó, Pablo Selnik, Manel Fortià, Albert Bover e, atualmente, com a portuguesa LINA_.
Mezquida recebeu inúmeros prémios ao longo de sua carreira, incluindo o Prémio do Júri e do Público no BMW Welt Jazz Awards em Munique, pelo projeto “Letter to Milos”.

Detalhes da Digressão

Formação:

Lina_ – Voz

Marco Mezquida – Piano

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